Fatores cruciais para alavancar o setor lácteo brasileiro como investimentos em capacitação, tecnologia e na melhoria da qualidade do produto encontraram na atual conjuntura - aumento da demanda interna e redução da oferta mundial, a receita ideal para aumentar a competitividade dos produtos derivados do leite feitos no País.
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O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, declarou que é preciso aproveitar esse período para ampliar a produção nacional.
“Precisamos garantir o abastecimento interno e incentivar a participação do Brasil no mercado externo; e para que isto se concretize o Sistema CNA/SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) tem incentivado o setor por meio de ações previstas no Programa Nacional do Leite”, destacou Alvim.
Ações como o Programa Leite Legal, que trabalha junto ao produtor a melhoria da qualidade do leite, e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), específico para o leite, além de questões ligadas ao crédito disponibilizado pelo governo para investimento em tecnologia e custeio da atividade são prova dos esforços conjuntos promovidos pelos diversos entes que representam a cadeia produtiva para tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional.
O momento é propício para que o País preencha lacuna deixada pelos principais produtores mundiais, como Nova Zelândia, Argentina e Uruguai. Os dois primeiros sofrem com problemas climáticos. Já o Uruguai padece com a falta de estímulo. União Europeia e Estados Unidos também estão sendo prejudicados pelo clima adverso.
Reunião
Em reunião realizada nesta quarta-feira (07), a Subcomissão do Leite (Subleite) da Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPDR) da Câmara dos Deputados prioridades como a revisão dos marcos regulatórios do setor lácteo, em especial o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA).
Este regulamento define, entre outros pontos, as normas de inspeção industrial e sanitária, abrangem fiscalização nos estabelecimentos. Estabelecido por um decreto publicado em 1952, o RIISPOA está desatualizado, dificultando a modernização da indústria de lácteos.
Os participantes solicitaram que a atualização da norma seja publicada ainda este ano, informou a assessoria de imprensa da CNA. Os integrantes da subcomissão defenderam, ainda, que os produtores rurais tenham acesso à assistência técnica de qualidade.
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