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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

Notícias | Pecuária

Preço da carne suína deve subir no semestre

A retomada das exportações brasileiras de carne suína para a Ucrânia e Japão, prevista para este segundo semestre, aliada à maior demanda pelo produto no mercado interno e a safrinha recorde de grãos, que ajudará a reduzir os custos de produção, está deixando os suinocultores de Minas Gerais otimistas em relação ao mercado. Desde o início de junho, o segmento vem trabalhando com os preços do suíno estáveis e empatando com os custos de produção.

De acordo com o vice-presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), José Arnaldo Cardoso Penna, o consumo de carne suína ao longo do segundo semestre normalmente é superior ao registrado nos primeiros seis meses do ano. Além das temperaturas mais amenas, as festas de fim de ano impulsionam a demanda.

"Até o momento, as expectativas em relação aos próximos meses são positivas. Além de esperarmos um aumento no consumo, a retomada das exportações por parte da Ucrânia e do Japão irá contribuir para o controle da oferta de carne disponível, o que deve favorecer a retomada dos preços pagos pelo quilo do suíno vivo em Minas Gerais", diz Penna.

Segundo dados da Asemg, os preços pagos no Estado variam entre R$ 2,80 e R$ 3,00 por quilo do animal vivo. Os valores estão estabilizados desde o início de junho e são equivalentes aos custos de produção.

"O setor está novamente trabalhando com a margem de lucro comprometida. Nas regiões produtoras de grãos, como no Triângulo Mineiro, os custos são mais baixos, porém muito próximos dos valores recebidos pela negociação do suíno. Esperamos que ao longo do segundo semestre, com a disponibilização da safrinha recorde de grãos, principalmente milho e sorgo, os custos sejam reduzidos", afirma Cardoso Penna.

A orientação da Asemg é que os suinocultores não aumentem a produção, para evitar o superabastecimento e novas quedas de preços. "Precisamos que os suinocultores invistam constantemente no aumento da produtividade, o que é fundamental para ampliar os lucros. O aumento da produção neste momento é inviável e poderá promover um recuo nos preços", ressalta.

Para a analista da consultoria Safras & Mercado Andreia Mariani, a tendência é que os preços pagos pelo suíno voltem a subir nos próximos meses. "As temperaturas mais amenas estimulam o consumo de carne suína, além disso, as festas de fim de ano também contribuem para um consumo maior. A tendência é que a oferta fique equilibrada com a demanda, o que promoverá a retomada dos preços", diz Andreia.

Outro fator que tem contribuído para o controle da oferta no mercado interno é o aumento das exportações. Segundo dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), entre janeiro e maio as vendas externas de carne suína em Minas Gerais foram ampliadas em 18,43%, quando comparadas com as de igual período anterior. Ao todo, foram embarcadas 19,8 mil toneladas, frente às 16,7 mil toneladas destinadas ao mercado internacional em igual período de 2012. Em relação ao faturamento, o crescimento foi de 17,7%, alcançando a cifra de R$ 56,1 milhões.
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