No semestre, o desempenho menos ruim foi o do boi. Que – uma raridade – não apresentou o movimento típico de todo período de safra da carne, ocasião em que sofre redução de preços até, mais ou menos, meados do semestre, com início de recuperação entre maio e junho.

Assim, durante estes seis meses, suas cotações permaneceram iguais ou ligeiramente superiores às registradas no início de 2013 e vão encerrando o semestre com um ganho de cerca de 3% sobre o primeiro preço do ano, o que deve corresponder, aproximadamente, à inflação acumulada no período.

O suíno teve um começo de ano bastante promissor. Pois não só manteve o preço inicial de 2013, como também, em meados de janeiro, apresentava valorização de quase 10% sobre esse preço inicial.

Mas tudo não passou de uma “bolha”. Pois a partir da segunda quinzena de janeiro iniciou-se um processo de desvalorização intenso e contínuo, que só cessou e se reverteu quatro meses depois, em meados de maio. Mesmo assim o produtor de suínos completa a primeira metade do ano recebendo um quarto a menos do que recebeu no melhor momento de 2013.

De sua parte, o frango não obteve nem a estabilidade do boi nem a valorização (passageira, é verdade) do suíno: seus preços, simplesmente, vêm despencando desde o começo do ano, com breves momentos de estabilidade. E só agora começa um processo, ainda tênue, de recuperação – por enquanto insuficiente para sequer cobrir os custos de produção, que permanecem em ascensão.

Consideradas as atuais condições de oferta e procura, tudo indica que o frango, ontem comercializado por R$1,90/kg, deve alcançar e até superar os R$2,00/kg antes do encerramento do semestre. Ainda assim continuará remunerando seu produtor com apenas dois terços do valor alcançado no início de 2013.