O comércio varejista fechou 2015 com retração de 8,2% nas vendas em Mato Grosso. O resultado é reflexo do encolhimento do consumo no estado, motivado pelo enxugamento dos postos de trabalho. Somente em dezembro a queda foi de 8,7% no comparativo com 2014. Segundo o setor, as projeções para 2016 não são positivas.

Em termos de receita nominal de vendas, o comércio varejista mato-grossense encerrou 2015 com decréscimo de 0,5% no comparativo com 2014. No comércio varejista ampliado, que incluem veículos e materiais para a construção, o desempenho foi 11,5% inferior ao ano anterior.

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Os números são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A retração nas vendas é decorrente ao baixo consumo, motivado, principalmente, pelo fechamento de postos de trabalho. Somente em 2015, as demissões superaram as contratações em 14.570 vagas formais nos 12 meses em Mato Grosso. Indústria de Transformação (-8.716 postos), da Construção Civil (-6.742 postos) e o Comércio (-4.078 postos) foram os segmentos que mais encolheram o quadro de funcionários.

O encolhimento nas vendas, somado a alta carga tributária, elevação na energia elétrica e combustível, levaram ao fechamento de 1.780 empresas do ramo de comércio de bens, serviços e turismo em Mato Grosso o ano passado, como o Agro Olhar comentou recentemente.

Se 2015 não foi um ano muito bom, os indicadores econômicos apontam que “2016 será pior”, conforme o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL-Cuiabá), Paulo Gasparoto. “Se não bastasse a queda no consumo, o setor varejista enfrenta ainda aumento de impostos e energia elétrica. Quanto menos emprego gerado no país menor é a renda, menor é a venda e menor é a produção na indústria. Mato Grosso está na esteira do Brasil”, declarou ao Agro Olhar.

Serviços

Já o setor de Serviços, conforme o IBGE, registrou em 2015 retração de 3,5% no comparativo com 2014.