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Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Agronegócio

Carne de suínos tem franca valorização em outubro

A carne suína seguiu em franca valorização em outubro. Em algumas praças acompanhadas pelo Cepea, o aumento do preço da carne chegou a 17%. Essas altas refletiram os reajustes do suíno vivo iniciados na segunda quinzena de setembro. A valorização do animal vivo, por sua vez, foi motivada pela redução da oferta após as fortes perdas sofridas por produtores, especialmente em julho.

O Indicador do Suíno Cepea/Esalq avançou 14,2% no estado de Minas Gerais entre os dias 28 de setembro e 31 de outubro. Em São Paulo, houve alta de 11,7% no mesmo período. Em Santa Catarina, o Indicador teve aumento de expressivos 9,9% e, no Paraná, de 9,8%. No Rio Grande do Sul, o preço médio pago ao produtor teve elevação de 8,4% no acumulado de outubro. Como consequência, essas valorizações do animal
vivo foram repassadas ao consumidor final. No entanto, como resposta, as vendas da carne começaram a dar sinais de enfraquecimento na segunda quinzena de outubro, uma vez que a carne bovina se tornou mais atrativa.

Assim, mesmo com o encerramento do ano se aproximando, agentes colaboradores do Cepea relataram um cenário atípico para o período. Na segunda quinzena de outubro, não se viu aquecimento das compras de suínos vivos para a formação de estoques de cortes e embutidos a serem escoados no final do ano.

Esse comportamento dos frigoríficos também decorreu da oferta de animas relativamente baixa, tendo em vista que o alto custo da ração no correr deste ano levou muitos produtores a reduzir o plantel em meados de julho, ou até mesmo abandonar a atividade. Como consequência, a oferta de animais diminuiu nos meses seguintes, o que, inclusive, motivou forte recuperação nos preços do suíno vivo entre meados de agosto e de outubro.

Exportações

As exportações de carne suína in natura totalizaram US$ 153,30 milhões, montante 4,9% maior que o de setembro e 27,5% superior ao de outubro/11, segundo dados da Secex. Considerando-se o dólar médio de R$ 2,03, as exportações da carne suína in natura somaram R$ 311,14 milhões em outubro. Em termos reais, essa receita é a maior desde outubro/08 – o preço em moeda nacional foi deflacionados pelo IPCA de out/12.

O preço médio da carne in natura exportada foi de R$ 5,74, elevação de 5,1% em relação a setembro/12, porém 1,8% inferior à média deflacionada de outubro/11. No último mês, foram embarcadas 54,2 mil toneladas, o que representa apenas 0,6% a menos que o volume de setembro, mês que apresentou a maior quantidade desde outubro de 2009. Quando comparado com o mesmo mês em 2011, no entanto, o total é 41,1% maior.

Apesar da valorização do preço médio da carne exportada entre os dois últimos meses, a vantagem em relação ao valor praticado no País diminuiu, já que, aqui, os reajustes foram maiores. A carcaça tipo exportação valorizou 10,3% no atacado da Grande São Paulo ao longo de outubro, elevando a média mensal para R$ 5,07/kg. Com isso, exportadores receberam, em média, 67 centavos a mais por quilo que o obtido no atacado da Grande São Paulo. Em setembro de 2012, a diferença entre os preços esteve em 94 centavos/kg – R$ 5,46/kg contra R$ 4,52/kg.
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