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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Agropalma investe na primeira refinaria sustentável da América

São Paulo e Minas Gerais estão na mira do Grupo Agropalma para a instalação de uma refinaria sustentável capaz de atender a alta demanda de óleo de palma certificado. A escolha da região Sudeste vem ao encontro da facilitação logística na melhor distribuição dos produtos, concentrada no Estado do Pará. Hoje, em função das distâncias e do consequente custo, a empresa não consegue atender o Sul do país, o Mercosul, entre outros países do mundo, devido à baixa frequência de rotas de navios nos portos do norte do Brasil.

“A segunda refinaria do Grupo contará com a mais avançada tecnologia disponível atualmente no setor e utilizará processos, conceitos e matérias-primas sustentáveis em cada passo da sua construção”, pontua Hilário Freitas, diretor executivo do Grupo Agropalma. O novo empreendimento processará somente óleo de palma e palmiste certificados pelo RSPO (Roundtable on Sustainable Palm Oil/ Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável), atendendo à crescente demanda por consumo responsável no Brasil e no mundo.

Para assegurar o volume necessário de óleo bruto às duas refinarias do Grupo, uma nova usina de extração está sendo construída no Pará, que também adota os mais modernos conceitos sustentáveis de construção, como autossuficiência em eletricidade, inclusive com a captação e aproveitamento dos gases de efeito estufa resultantes do processo de efluentes industriais, e redução no consumo de água nos processos em cerca de 45%. Com esse investimento, que irá processar os frutos de áreas já plantadas que entrarão em produção a partir de 2014, o Grupo abrirá 1.200 empregos diretos na região e contará com um parque industrial composto por seis usinas, com capacidade de extração de 260 toneladas de cachos de frutos frescos por hora.

Além dos projetos que valorizam infraestrutura, produção e distribuição, uma parte do investimento total será destinada a melhorias no plantio da palma até 2015. “Para isso, o Grupo desenvolveu um programa que envolve a redução da densidade de parte dos plantios, substituição dos cultivos antigos pelos de alta produtividade, plantios de variedades híbridas para a produção de óleo de palma orgânico alto-oleico, programa teste de irrigação e um forte plano de mecanização, além de dar continuidade ao monitoramento ambiental da fauna e início da identificação da flora, aliado a um moderno manejo biológico de pragas e doenças”, explica Joel Buecke, gerente geral agrícola do Grupo Agropalma. O objetivo final é aumentar a produtividade média dos plantios adultos de 4 para 6 tons/óleo/ha/ano até 2017, quando se espera atingir uma produção anual de 260 mil toneladas de óleo bruto.

Segundo Marcello Brito, diretor comercial e de sustentabilidade do Grupo Agropalma, para concretizar o plano de expansão, que envolve a refinaria sustentável, a usina de extração e melhorias no cultivo da palma, a empresa destinará ao projeto cerca de R$ 300 milhões. “São etapas daquilo que chamamos de crescimento sustentável, calcado em um novo paradigma, onde a agricultura pode e deve se desenvolver em total conexão com o meio ambiente e os novos anseios da sociedade por um desenvolvimento limpo”, afirma o executivo.
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