Conforme a Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná, cerca de  82% da área estadual de trigo foi colhida, até esta quarta-feira, com um avanço semanal de apenas 4 pontos percentuais nos últimos sete dias. Função do excesso de umidade, devendo assim comprometer a qualidade do produto colhido no sudoeste e centro-sul do Estado, algo muito semelhante ao que vem ocorrendo com o trigo gaúcho.

Quanto a comercialização nota-se uma redução no ritmo nas últimas semanas segundo o autor, ainda que se mantenha acima da média dos últimos 3 anos safra. Corretores anteriormente consultados por AF News apontavam a busca por melhores preços por parte de produtores do Norte do Estado como o principal argumento para esta redução. Em um segundo momento, trigos afetados por geadas tardias, granizo ou excesso de chuvas devem ser menos demandados pelo mercado interno, com a menor oferta de produto disponível ( e de menor qualidade) devendo ser escoada a bons preços e ritmo lento.

Já se nota certa redução nas cotações estaduais em relação a setembro em função do adiantar da colheita, porém ainda assim acima dos preços mínimos e com lotes de qualidade diferenciada sendo negociados com grandes descontos em relação aos preços de referência.

Cabe a nós salientarmos a última estimativa de produção paranaense, divulgada no fim da semana anterior e que trouxe redução de 1,1% a produção paranaense em relação à estimativa de setembro. Agora espera-se que a colheita paranaense seja de 2,107 milhões de toneladas, queda anual de 14%.