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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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PECUÁRIA

Acrimat cobra que governo de Mato Grosso baixe ICMS para abates em outros estados

Mato Grosso possui a maior oferta de gado do país, mas fica sempre na dependência de um grupo frigorífico - neste caso, o JBS, que detém o maior número de plantas de abate no Estado e praticamente "regula" o preço

20 Out 2012 - 11:04

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Thalita Araújo

Luciano Vacari é superintendente da Acrimat

Luciano Vacari é superintendente da Acrimat

A pecuária mato-grossense já não vive os dias ruins da última crise e tende a melhorar a cada passo. O momento é razoável e alguns entraves que ainda existem para a melhoria do setor estão, há algum tempo, "nas mãos do Estado", segundo analisa o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari.

De acordo com o superintendente, um dos nós que mais dificultam o desenvolvimento do setor são os preços do gado, que figuram em desigualdade com outras regiões brasileiras.

“Acontecem algumas coisas que não dá para entender, como o preço do boi em Mato Grosso comparado a outras praças. Por exemplo, vimos outro dia o boi subir R$ 7 no interior de São Paulo, R$ 6 no Mato Grosso do Sul e apenas R$ 3 em Mato Grosso. A gente fica sempre espremido por conta da distribuição geográfica das unidades de abate”, disse Vacari, em entrevista ao Agro Olhar.

Ele ressalta que Mato Grosso possui a maior oferta de gado do país, mas fica sempre na dependência de um grupo frigorífico - neste caso, o JBS, que detém o maior número de plantas de abate no Estado e praticamente "regula" o preço. 

“É necessária uma discussão nacional a respeito de formação de preço. Teoricamente, o que deveria formar a diferença de preço entre MT e SP são frete e imposto. E isso dá em torno de 5%, enquanto que a diferença real de preço está entre 13% e 14%”, lamenta.

Vacari diz que a criação de um indicador regional de preço seria uma boa medida, não só para MT, mas para outros estados também. Porém, a redução do ICMS de 7% para 3,5% em animais para abate em outros estados é a demanda mais pleiteada pelo setor há quase dois anos, principalmente para regiões com maiores dificuldades, como a Nordeste de MT.

“Essa é uma medida que depende do Estado, mas ainda não conseguimos convencê-lo da importância disso para o setor. Tornaria a pecuária mato-grossense mais competitiva, evitando depender da vontade de alguns grupos, dando opção ao produtor”, acrescenta Vacari.
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