Os efeitos da seca nos municípios de Nazaré da Mata, Ferreiros, Vicência e Itambé serão verificados pelo diretor do Ministério da Agricultura (Mapa), Cid Caldas. Nesta terça-feira, o representante do governo visitou áreas de produtores de cana que tiveram perdas de até 60% em função da estiagem prolongada. Também irão a uma unidade industrial na região e, no dia seguinte, partirão para Alagoas.

O segmento solicitará ao membro do executivo nacional agilidade na adoção de políticas públicas para tentar evitar prejuízos também na próxima safra canavieira. “A seca produziu perdas no faturamento do setor na ordem de 50%”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP). O dirigente ressalta que com o prejuízo, os produtores estão sem receita para investir na nova safra, assim, é urgente uma intervenção do poder público diante do cíclico problema da seca.

Dentre as ações públicas emergenciais, o órgão de classe defende que o governo agilize a liberação da subvenção econômica da safra 2011-12. “Diferente de anos anteriores, o subsídio precisa chegar mais cedo”, diz Andrade Lima. Ele justifica que os agricultores precisam investir nos tratos culturais dos canaviais já nos meses de janeiro e fevereiro para evitar que ocorra redução de aproximadamente 35% na produtividade da próxima safra. Desde quando o programa de subvenção começou há cerca de cinco anos que é pago R$ 5 por tonelada de cana. O segmento reivindica que o benefício seja reajustado para R$ 10.