Olhar Agro & Negócios

Terça-feira, 07 de maio de 2024

Notícias | Geral

Aposta cresceu em áreas isoladas e com estrutura

A grande ameaça à safra brasileira de grãos é logística, afirma o produtor Dorval Simon, de Nova Maringá (MT). Ele está na região brasileira que mais produz soja, ao lado de Sorriso, mas sua produção precisa viajar 100 quilômetros em estradas sem pavimento para, enfim, ganhar o asfalto e seguir mais 1,9 mil quilômetros até o porto de exportação mais próximo, em Santos (SP).

“O escoamento neste ano deve ser problemático, com lama na estrada, filas de caminhões, falta de trem”, sentencia o agricultura, que espera 3,3 mil quilos de soja por hectare. Sua região vem ampliando as lavouras todos os anos e tem produtividades acima da média nacional (2,99 mil kg/ha), mas enfrenta inclusive apagões na rede elétrica e falta de telefonia.

A preocupação faz sentido. Todas as regiões ampliaram a produção, incluindo as mais estruturadas. E o clima favorece safra cheia. Aparentemente, a irregularidade climática deu uma trégua, comemora Willem Bauwman, produtor de milho e soja nos Campos Gerais do Paraná, em Castro. Sua região, que tradicionalmente tem um clima equilibrado, enfrentou até 60 dias de seca no último semestre. Os produtores ampliaram aposta em 10% na soja e esperam produtividade igual ou até melhor que a da última safra, conta Márcio Copacheski, que monitora a intenção de plantio entre os associados da cooperativa Castrolanda.

47% de aumento no preço do frete de Sorriso (MT) a Paranaguá foram registrados no último ano, chegando a R$ 250 a tonelada.
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