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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Geral

Nove focos de ferrugem são contabilizados no Estado

Mato Grosso contabiliza nove focos de ferrugem asiática nas lavouras de soja da safra 2012/13. Deste total, três foram confirmados nesta semana em lavouras comerciais. Os dois últimos, em Primavera do Leste e Campo Verde, no sul mato-grossense, tiveram análise positiva no último dia 13. O que chama a atenção no registro em Primavera do Leste é que a doença foi observada em estádio R1, em fase inicial de florescimento.

Os outros registros tanto em plantas de áreas comerciais como em soja guaxa (que germina de forma involuntária no ambiente) foram identificados em estádios R4 e R5. O caso em R1 no Estado é único confirmado até o momento em todo país, conforme o Mapa de Dispersão da doença, publicado pelo Consórcio Antiferrugem. A doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi que se dissemina com facilidade pelo ar e encontra no clima tipicamente de verão – úmido e quente – as condições ideais para disseminação sobre as lavouras.

Em todo o país, o Consórcio identificou 19 focos da ferrugem nesta safra, de novembro até ontem. Em Mato Grosso, dos nove registros, seis são em plantas guaxas e três, em lavouras comerciais. O primeiro foco comercial teve confirmação no último dia 10, em Ipiranga do Norte (450 quilômetros ao norte de Cuiabá).

Como destaca o pesquisador da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), Fabiano Siqueri, de fato, em estádio R1 a preocupação com a doença aumenta. “Em média, neste momento, a planta está com cerca de 45 dias”. Ele frisa que não há segredos e nem receita mágica para o controle da ferrugem. “O produtor sabe o que tem de fazer. A saída para quem quer amargar prejuízos é monitorar diariamente a lavoura e a região”.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Carlos Fávaro, frisa que o contato mais cedo com a doença nesta safra já era esperado em função dos registros de ferrugem na soja guaxa presente em várias regiões do Estado. “Esse contato precoce pode comprometer mais o desenvolvimento da planta. Ainda não estamos no melhor clima ao fungo. Se tivermos uma semana ao menos de chuvas incessantes, a doença vai explodir e quem não fez tratamento preventivo não terá como controlar a doença”.
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