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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Pará terá programa de incentivo ao plantio de florestas

A política de desenvolvimento da cadeia produtiva de florestas no Pará começou a ser delineada nesta terça-feira, 11, na oficina que vai elaborar o programa estadual de incentivo ao plantio de florestas. O engenheiro agrônomo e especialista em economia rural, Sergio Cordioli, veio do Rio Grande do Sul para ministrar a oficina que encerra nesta quarta-feira, 12, realizada pela Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri) e Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).

O fortalecimento da cadeia produtiva é o principal objetivo do programa que pretende reaquecer o setor madeireiro do Pará, garantindo o fornecimento de matéria prima para as indústrias de papel e celulose e o polo siderúrgico de Marabá, de forma sustentável. O presidente da Faepa, Carlos Xavier, lembrou que a proposta do programa começou a ser discutida em 2008, pelo Estado e entidades empresariais e agora vai ser concretizada.

Participam da oficina engenheiros florestais e agrônomos que representam órgãos estaduais e federais, de pesquisa, extensão e instituições financeiras. A secretária adjunta Eliana Zacca e o gerente de agronegócio Sergio Menezes, da Sagri, apresentaram as oportunidades e ameaças do segmento madeireiro no Estado, discutidos pelos grupos de trabalho.

Sergio Cordioli considera a legislação ambiental muito restritiva, o que dificulta o licenciamento dos projetos. Para ele, os agricultores familiares devem plantar espécies florestais para produção de mudas, como alternativa de renda. "O Pará tem a vantagem de já ter o seu zoneamento ecológico, que determina onde plantar florestas", disse Cordioli.

Kleber Perotes, do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor), informou que a agricultura familiar já está no processo por meio dos projetos Tijolo Verde e Pará Florestal, em parceria com a Sagri, Emater e prefeituras. Em São Miguel do Guamá os agricultores plantam, em sistema agroflorestal,mandioca e fruteiras com cedro, andiroba e mogno, além de culturas que formam um banco energético para alimentar os fornos das olarias do município. Em Paragominas, Ulianópolis, Dom Elizeu e Rondon do Pará, 120 agricultores começarão a plantar paricá no próximo ano para abastecer as indústrias instaladas nessa região.

O Estado possui 14 milhões de hectares de áreas degradadas que podem ser incluídas no processo de produção e cerca de 300 mil hectares de florestas plantadas com teca, paricá e principalmente eucalipto. Os maiores entraves são a questão fundiária, a burocracia e alto custo do licenciamento e dos insumos, a falta de sementes e de mão de obra especializada para produção florestal.
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