O primeiro trimestre de 2019 está prestes a acabar e não são poucas as organizações que apesar de no final do último ano (2018) terem verificado a necessidade de mudar, continuarão falhando pelas mesmas causas....
Sucessos e falhas fazem parte da jornada de qualquer pessoa ou organização, por serem apenas um resultado de metas definidas que foram alcançadas em maior ou menor grau. Afinal de contas, não é possível considerar ter falhado ou ter sido bem-sucedido sem a
reflexão do quanto alcançou-se determinada meta. Concordam?
Apesar da abordagem conceitual de só ser possível atribuir o sucesso ou falha ao grau de obtenção de alguma meta ser algo extremamente simples e intuitivo, muitas organizações falham por não assimilarem esse conceito, deixando seu próprio sucesso atribuído majoritariamente a
causas externas e
avaliações qualitativas que apesar de fazerem parte da análise, não devem compor a maior parte do processo de avaliação do desempenho organizacional.
A
percepção de sucesso é extremamente importante para qualquer tipo de organização, seja ela uma escola sem fins lucrativos, hospital, prefeitura, empresa privada ou até mesmo o governo federal. Analisar o resultado positivo dos esforços de várias pessoas em busca de um objetivo importante para a organização é e sempre será uma grande fonte de alegria e satisfação. Podemos até considerar que esse tipo de percepção de sucesso é uma das
maiores fontes de motivação humana, pois pelo fato de nós, seres humanos, passarmos grande (se não a maior) parte do tempo trabalhando pelo sucesso de organizações, é fundamental que após determinado período da jornada (definido pela meta) saibamos se o esforço foi realizado:
- Em busca do objetivo correto.
- Seguindo um plano de qualidade.
- Executando tudo o que foi planejado.
- Porém, circunstâncias fora do controle foram determinantes.
Sintetizar em alto nível o que é preciso para alcançar sucesso progressivo dentro das organizações também é relativamente simples. Porém, sabemos que especialmente no Brasil, a maioria das organizações falham em alcançar os níveis de desempenho desejados e mantém essa situação até desaparecerem por completo ou enfim configurarem seu sistema de gestão para o sucesso evitando os seguintes motivos de insucesso:
- Não definir as metas certas.
- Não fazer bons planos de ação.
- Não executar completamente e a tempo os planos de ação.
- Circunstâncias fora do controle.
Apesar de estruturamos aqui 4 tipos de motivo que levam organizações a falharem, é possível agrupar esses motivos em apenas 2:
- Falta de conhecimento
- Falta de liderança
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO
O conhecimento pode ser tácito ou explícito, técnico ou de método (também abordaremos esse tema posteriormente) e todos eles são fundamentais para o sucesso das organizações, pois todo e qualquer processo de otimização empresarial, trata-se “apenas” de um processo de aquisição de conhecimento que antes da otimização não estava disponível na empresa...
Para justificar esse argumento, basta pensarmos que se uma empresa por exemplo não tem um processo mais rápido, um lucro maior, ou um custo menor, a causa principal é a falta de conhecimento do que precisa ser feito para o processo melhorar, o lucro aumentar ou o custo reduzir, pois se a empresa
soubesse como fazer essas melhorias (sem precisar investir capital) já teria feito! Não?
A discussão sobre o investimento de capital ser mais ou menos crítico do que a aquisição de conhecimento para gerar melhorias é polêmica, mas extremamente saudável de discutirmos posteriormente, pois a maioria das empresas afirma precisarem de:
- Mais dinheiro
- Mais pessoas
- Mais sistemas
Essas necessidades sempre exigirão investimento de capital financeiro e certamente criam potencial de melhoria nas organizações, mas historicamente vemos empresas crescerem mais quando priorizam a aquisição de conhecimento, não o investimento de capital...
Porém, o que leva os gestores a priorizarem o investimento de capital é pressa por geração de resultados, pois para investir capital, basta ter o recurso disponível, para adquirir conhecimento, é preciso vontade verdadeira das pessoas, metas desafiadoras, mas
principalmente liderança.
DEFINIÇÃO DE LIDERANÇA
A liderança normalmente é atribuída a pessoas que se relacionam bem, possuem boa comunicação, apresentação pessoal e engajamento organizacional, mas não necessariamente se relaciona a isso...
Dentro das organizações é comum vermos líderes de todo tipo! Introvertidos, extrovertidos, com maior ou menor facilidade de comunicação oral, escrita e até diversos graus de desempenho para por exemplo falar em público e esses padrões normalmente usados para classificar o desempenho dos líderes podem ser extremamente imprecisos.
Diversas são as definições do que é um bom líder. Particularmente gosto da criada pelo guru de gestão Vicente Falconi: “
Líder é aquele que bate as metas, com a equipe, da maneira correta”.
Percebam que com essa definição não é possível caracterizar alguém como um bom líder se ele não tinha uma meta que foi cumprida, muito menos se ele bateu a meta sozinho ou de maneira antiética.
Se a empresa cultiva a criação de líderes, certamente cultivará a constante busca por metas desafiadoras e de maneira alguma promoverá apenas a obtenção de “metas solitárias”, pois apesar de ser importante desdobrar as metas globais da organização para os processos e funções, de maneira que todos vejam suas metas individuais conectadas a meta global por uma relação de causa e efeito, é intuitivo pensarmos que a meta global (estratégica para a organização), só será alcançada se os líderes conduzirem todos por uma jornada de busca por conhecimento, recursos e trabalho para obtê-la!
Continuaremos a construção dessa jornada de conhecimento em artigos posteriores, explorando com mais detalhes as 4 causas abordadas aqui para falhas das organizações. Não perca!
Agustinho Risso é graduado em Engenharia de Produção, especialista em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas. Ele é Sócio fundador da Paladynus Gestão e Consultoria Empresarial, Professor Titular da Graduação, Pesquisa e Extensão do Curso de Engenharia de Produção do UNIVAG. Tem experiência na área de gestão da produção de serviços complexos, com ênfase em gerenciamento de projetos de transformação de processos, custeio por absorção, implantação de ERP, gestão da rotina, planejamento estratégico e desdobramento de metas e operações de controladoria.
Para saber mais sobre como a Paladynus GCE pode contribuir com sua empresa, acesse www.paladynus.com.