O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá emitir ofícios para frigoríficos que não são citados nas investigações da Polícia Federal atestando que não possuem qualquer relação com o caso. O intuito é que o documento seja encaminhado aos importadores visando "segurar" os mercados internacionais das carnes brasileiras.
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Levantamento semanal das exportações brasileiras, divulgado nesta segunda-feira, 27 de março, pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), aponta que a média diária de exportações de carnes da quarta semana de março (cinco dias úteis) foi de US$ 50,5 milhões, o montante é 19% menor em relação à média diária registrada até a terceira semana de março, antes da Operação Carne Fraca estourar, que havia sido de US$ 62,2 milhões.
O ofício será emitido pelo Ministério quando solicitado pelos frigoríficos que não fazem parte da lista dos 21 investigações.
O compromisso de emitir os documentos foi assumido pelo ministro Blairo Maggi durante reunião do Conselho de Agroindústria (Coagro) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Brasília (DF), na segunda-feira, 27, após empresários da agroindústria destacarem dificuldades para exportar carnes e derivados, pois há importadores exigindo essa garantia de qualidade dos produtos. Os documentos foram solicitados pelos empresários.
De acordo com Blairo Maggi, este é o momento de "segurar" os mercados internacionais das carnes brasileiras. Durante a reunião dos empresários de agroindústrias, o ministro da Agricultura observou que o órgão federal vinha desenvolvendo uma estratégia para elevar de 7% para 10% a participação do Brasil no comércio agrícola global. Porém, segundo Maggi, a estratégia hoje é trabalhar para não perder espaço no comércio internacional de carnes.
Ainda de acordo com Maggi, quando passar a fase provocada pela investigação da Polícia Federal o Ministério da Agricultura partirá para o exterior com o intuito de promover missões aos países compradores, juntamente com empresas e associações do setor. “O fato de conseguirmos manter o mercado aberto, não significa que teremos o mesmo volume de vendas".