As chuvas em Mato Grosso começaram e devem persistir até o pico da safra da soja 2015/2016, quando a situação de atoleiros nas rodovias estaduais se agravam. A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) afirma não estar preocupada com a questão, pois "acredita que esse ano (2016) será um ano tranquilo".
O pico da safra da soja é entre fevereiro e abril quando a colheita se intensifica em Mato Grosso e os caminhões seguem rumos às tradings e portos das regiões Sul, Sudeste e Norte do Brasil.
A tranquilidade quanto aos atoleiros é decorrente as 193 frentes de trabalho existentes hoje nas rodovias estaduais, além da parceria firmada com as 141 prefeituras de mato-grossenses.
"As prefeituras estão recebendo, também, os recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). A previsão em 2015 é que R$ 250 milhões sejam repassados para as prefeituras, que possuem o compromisso de dar manutenção. Ainda temos 21 patrulhas que estavam paradas e as reabilitamos. Não estou muito preocupado com essa questão (atoleiros)", declarou o secretário de Infraestrutura, Marcelo Duarte, ao
Agro Olhar.
Leia mais:
Mato Grosso tem apenas 9,6% da malha viária em ‘ótimo’ estado, revela CNT
Nesta semana a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou a Pesquisa CNT de Rodovias 2015, onde apontou-se para Mato Grosso a existência de apenas 445 quilômetros de rodovias, entre federal e estadual, em ótimo estado de conservação.
A pesquisa, como o
Agro Olhar comentou, atrelou notas "ruim" e "péssimo" para as rodovias estaduais como foi o caso das MTs 483 e 246.
Marcelo frisa que a pesquisa refere-se ao ano de 2014 e que hoje, as rodovias estaduais estão em "situação bem melhor do que tínhamos o ano passado, porém ainda aquém do esperado".
"Não podemos tapar o Sol com a peneira e querer achar que em poucos meses vamos resolver problemas que são de décadas. Nós temos um atraso muito grande em termos de rodovias. É um atraso histórico que vai levar anos para conseguir deixarmos as rodovias em condições razoáveis", disse Duarte.
Além das 193 frentes de trabalhos, das patrulhas e parcerias com as prefeituras, a Sinfra encontra-se com um programa de manutenção, que não existia. "É a Equipe Sinfra. São oito equipes. Cada uma com 16 pessoas e todos os equipamentos para a realização de manutenção das rodovias com tapa-buracos, roça, entre outras patologias que não eram tratadas", afirma o secretário.
