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Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Economia

REDUÇÃO DA OFERTA

Preços do arroz e da carne bovina elevaram IPCA em outubro, diz analista do IBGE

A redução da oferta de alguns produtos elevou os preços dos alimentos, grupo que puxou a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em outubro, de 0,59% ante 0,57% em setembro, afirmou nesta quarta-feira a coordenadora de índices de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos.

“Muitos produtos tiveram os preços elevados por causa da baixa oferta”, disse. Ela citou como exemplo o arroz, que teve a maior alta do indicador, de 9,88% em outubro (impacto de 0,06 ponto percentual no IPCA), acima dos 8,21% registrados em setembro. “No ano, a alta do arroz chega a quase 30%”, observou Eulina. Segundo ela, a área plantada com o cereal neste ano foi bastante reduzida.

Quanto às carnes, houve ainda repasse da elevação dos preços dos grãos nos meses anteriores e também influência da entressafra do boi, que reduz os abates dos animais. Segundo dados do IBGE, aves e ovos subiram 12,32% em outubro, enquanto a carne de porco ficou 5,89% mais cara. Cortes de carne bovina tiveram aumentos expressivos, como filé mignon (7,59%), alcatra (5,23%), patinho (5,58%) e contrafilé (3,97%).

De acordo com a coordenadora, o arroz a carne e a refeição fora de casa foram os principais impactos para a formação do IPCA deste mês.

Em contrapartida, Eulina destacou que os preços administrados relacionados à habitação tiveram um papel importante para conter uma alta mais importante da inflação em outubro. Dessa forma, o indicador ficou apenas 0,02 ponto percentual acima do IPCA de setembro, que registrou alta de 0,57%. “Despesas ligadas à habitação foram fundamentais no sentido de conter a taxa [do IPCA] no mês”, disse Eulina.

A inflação do grupo serviços no IPCA em outubro, de 0,51%, foi igual à registrada em setembro.

No acumulado do ano, o índice serviços registra alta de 6,81% e, em 12 meses, avanço de 8,27%. Ambos os acumulados permanecem acima da leitura do IPCA nas mesmas comparações, de 4,38% e de 5,45%, respectivamente.

Em outubro, altas mais expressivas como alimentação fora do domicílio (0,99% ante 0,43% em setembro), mão de obra (1,68% ante 0,09%) e médico (1,75% ante 0,24%) foram compensadas por reduções em itens como passagem aérea (1,62% ante 4,99%), condomínio (0,29% ante 1,19%) e seguro de veículo (-0,90% ante 0,35%).

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