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Sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Pesquisadores debatem parceria global ASB no Pará

Os participantes da 21ª reunião mundial da ASB Partnership for the Tropical Forest Margins, uma parceria global de pesquisa sobre as margens das florestas tropicais -, reunidos desde o início da semana em Belém (PA), fizeram visita técnica nessa quarta-feira (24) a propriedades rurais de Tomé-Açu, município paraense com um histórico bem–sucedido de cultivos em Sistemas Agroflorestais (SAFs) na Amazônia.


A ASB é a única parceria global dedicada inteiramente a pesquisar as margens das florestas tropicais, ou onde se configura o cenário de transição entre a floresta tropical e o campo. Criada em 1994 como ASB (Alternatives to Slash-and-Burn), até 2007 era um programa do Consultive Group on International Agricultural Research (CGIAR) focado em alternativas à agricultura de derruba-e-queima (em inglês, slash-and-burn).

Desde 2008, a ASB deixou de ser um programa do CGIAR para se constituir em uma nova parceria global, a ASB Partnership for the Tropical Forest Margins, formada atualmente por 90 instituições de pesquisa, universidades, organizações não-governamentais, organizações comunitárias e rurais.

O coordenador geral da ASB, Peter Akong Minang, que também esteve no Brasil em agosto último para tratar de um novo projeto em parceria com a Embrapa, lembrou da importância de se dar atenção maior à agricultura familiar das margens das florestas tropicais. Entre outros objetivos, como o de promover meios de vida viáveis à famílias rurais do trópico úmido, a parceria visa reduzir emissões de gases de efeito estufa decorrentes do uso da terra que provocou desmatamento e expansão agrícola.

Entre os temas debatidos no encontro de cientistas estão mudança climática, planejamento do uso da terra para múltiplos serviços ambientais e pagamento por serviços ambientais. Em Tomé-Açu, o grupo visita propriedades de fruticultores e dendeicultores com experiência em SAFs e cultivo de palma de óleo para produção de biodiesel, respectivamente.
"É uma honra podermos abrigar um evento como esse, possibilitando a pesquisadores de várias partes do mundo entrarem em contato direto com a Amazônia, onde a prática da derruba-e-queima é feita tradicionalmente, e, ao mesmo tempo, com a Unidade, dentro do sistema Embrapa, detentora do maior volume de pesquisa e resultados sobre alternativas à derruba-e-queima", pontua Claudio Carvalho, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental.

Clique aqui para conhecer os projetos da ASB no mundo. A coordenação mundial é hospedada pelo Icraf (The World Agroforestry Centre) com sede em Nairobi, Kênia.
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