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Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Economia

Bovespa fecha em baixa pressionada por Bradesco e Cielo

Com volume abaixo da média, a bolsa brasileira acompanhou de perto o comportamento das bolsas americanas nesta segunda-feira e fechou em queda. A agenda vazia de eventos lá fora e o descolamento provocado pelo início do horário de verão no Brasil explicam o giro reduzido, especialmente nas primeiras horas do pregão.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,38%, aos 58.700 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 58.540 pontos e a máxima de 59.204 pontos. Em Wall Street, o Dow Jones perdia cerca de 0,5% quando a Bovespa fechou às 17h. No fechamendo de NY, porém, o Dow Jones terminou com alta de 0,02%, o Nasdaq subiu 0,38% e o S&P 500 ganhou 0,04%.

Pela primeira vez em muitos anos, a Bovespa não alterou o horário de funcionamento por causa do horário de verão. Com isso, criou-se um “buraco” de 1h30 entre a abertura da Bovespa (10h no Brasil) e das bolsas em Wall Street (agora 11h30 no Brasil, 9h30 no horário local).

“A manhã ficou praticamente perdida”, observou um operador, explicando que os negócios na Bovespa começam, efetivamente, após a abertura do referencial americano. Esse “buraco” entre as aberturas aumentará daqui a duas semanas para 2h30, quando os Estados Unidos saírem do horário de verão deles.

Essa 1h30 de pregão “a menos” retirou cerca de R$ 1 bilhão do pregão nesta segunda-feira. O volume financeiro alcançou R$ 5,270 bilhões, ante a média de R$ 6,5 bilhões dos últimos dias. Mas como o dia foi atipicamente fraco também nos mercados internacionais, é preciso ver como o giro da Bovespa vai se comportar nos próximos dias.

Entre as ações mais negociadas, Vale PNA perdeu 0,36%, para R$ 35,40; Petrobras PN caiu 0,89%, a R$ 22,05; e o OGX ON recuou 4,17%, para R$ 5,05. Além de OGX, a lista de maiores baixas trouxe também Cielo ON (-4,88%) e Marfrig ON (-4,29%).

Na véspera da divulgação de resultados do terceiro trimestre, a ação da credenciadora de cartões ainda refletiu críticas feitas no fim da semana passada pelo Banco Central (BC) à abertura incompleta do mercado de cartões. O papel foi o terceiro mais negociado hoje, com R$ 253 milhões, atrás apenas de Petrobras PN e Vale PNA.

Já o papel frigorífico Marfrig sofreu influência de seu concorrente Minerva, que anunciou na sexta-feira uma oferta de ações de cerca de R$ 580 milhões para reduzir seu endividamento. Segundo analistas, são grandes as chances de o Marfrig seguir o mesmo caminho, dado o elevado grau de alavancagem da companhia.

Minerva ON perdeu 6,78% hoje, para R$ 10,99. Bom observar que, até o anúncio da operação, o papel do Minerva acumulava valorização de 133% neste ano, a quarta maior alta de toda a bolsa em 2012. Marfrig também tem "gordura" para queimar, com ganho de 41,7% até sexta-feira, contra alta de apenas de 3,8% do Ibovespa.

Destaque ainda para Bradesco PN, que recuou 1,85%, para R$ 31,75, após divulgar lucro ajustado de R$ 2,893 bilhões no terceiro trimestre, em linha com a expectativa do mercado. Analistas chamaram atenção para a nova queda no retorno sobre o patrimônio, para 19,9%, frente a 20,6% do segundo trimestre e 22,4% de um ano antes, e abaixo do nível histórico de 20%.

O diretor-gerente do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, afirmou nesta segunda-feira que é “mais razoável” que os retornos sobre o patrimônio fiquem na faixa entre 18% e 20%, considerando a queda da taxa de juros e o novo cenário de margens.

Entre as maiores altas do Ibovespa figuraram Usiminas PNA (2,80%) e ON (2,74%), que haviam liderado as perdas na sexta. Gol PN (1,88%) também subiu bem, apesar dos problemas operacionais enfrentados pela companhia nesta segunda-feira, que deixaram quase metade dos voos atrasados.

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