Com o avanço na colheita e o registro das perdas nesses primeiros meses de trabalho, um fator já esperado começa a preocupar os produtores mato-grossenses: a alta no preço dos fretes.

A safra ainda permanece em atraso frente à safra passada, devido às intensas chuvas que foram registradas nas principais regiões mato-grossenses produtoras do grão.

A elevação do volume colhido, aumentando a demanda por transporte, começa a sufocar a frota do Estado, com isso registra-se a falta de caminhões nos pontos de embarque.

Custos com transporte disparam em MT no início da safra recorde de soja

O preço do frete no trecho Sorriso a Paranaguá aumentou 20,8% em uma semana, saindo de R$ 240 por tonelada para R$ 290/t. O trecho Sorriso a Santos subiu de R$ 250/t para R$ 300/t também na semana, registrando aumento de 20%.

Fatores como elevação do preço do combustível e o impacto da Lei 12.619 (Lei dos Caminhoneiros) também contribuíram para este aumento registrado no frete.

Preço do frete deve subir até 20% no próximo ano em Mato Grosso

A novidade é que, além dos prejuízos ocasionados pela alta do frete, os produtores do Estado foram surpreendidos com problemas logísticos. A greve no porto de Santos na manhã de sexta-feira (22) e a greve parcial registrada em Paranaguá no mesmo dia colocaram em foco a preocupação quanto ao escoamento do grão mato-grossense, que registrará uma safra recorde, estimada em 24,1 milhões de toneladas.

As informações são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgadas no boletim da soja.