"Hoje em dia, 40% do comércio mundial de alimentos se dá no âmbito de acordos bilaterais entre países. E o Brasil não tem nenhum Acordo bilateral com nenhum país do mundo", observou. Segundo o ex-ministro, as mudanças em curso na China devem significar a entrada do setor privado na produção Agrícola, o que pode não só aumentar a produção do país no campo como dificultar a exportação brasileira de produtos agrícolas com maior valor agregado. Para isso, ele defende que o Brasil negocie um acordo com a China que assegure "um escalonamento da agregação de valor" dos produtos.
Com relação à UE, o ex-ministro defende que o governo brasileiro não espere o Mercosul para realizar um acordo com o bloco econômico, já que a possibilidade de um acordo entre os europeus e norte-americanos pode significar para o Brasil uma queda de 2,1% no Produto Interno Bruto em até 20 anos.
Rodrigues também vê na agregação de valor uma saída para a monocultura da Soja, que já representa 53% da área plantada do País. Mas ele afirma que o crescimento da área com o grão deve continuar até os preços da commodity pararem de subir. Diferentemente de analistas que apostam na contínua elevação dos preços, o ex-ministro defende que a queda nos preços vai ocorrer invariavelmente, dada a tendência para aumento da oferta da Agricultura.