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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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DEMANDA

Constatada falta mão de obra qualificada para o crescente agronegócio de Mato Grosso

Apesar de ser o maior produtor de grãos do país, Mato Grosso ainda esbarra na falta de mão de obra qualificada para atuar no campo. A carência de profissionais é um dos gargalos do setor

Foto: Aprosoja-MT

Falta mão de obra principalmente para operar e dar manutenção em máquinas

Falta mão de obra principalmente para operar e dar manutenção em máquinas

Apesar de ser o maior produtor de grãos do país, Mato Grosso ainda esbarra na falta de mão de obra qualificada para atuar no campo. A carência de profissionais é um dos gargalos do setor, identificados pelas equipes do Circuito Tecnológico da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), que estão na estrada desde segunda-feira (15).

“Nós temos dificuldade para encontrar funcionários qualificados porque os equipamentos exigem um grau maior de escolaridade. A mão de obra no campo tem que se aperfeiçoar a cada lançamento de máquina ou novo produto”, comentou o produtor Genes José Carlins, da fazenda Itacorá, instalada no município de Lucas do Rio Verde (350 km ao Norte de Cuiabá).

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Para amenizar o problema, José Carlis disse que investe em cursos e treinamentos do Senar para os funcionários e incentiva os funcionários a participarem dos cursos que as empresas de máquinas oferecem. Por conta da carência de trabalhadores, o produtor ressaltou que é preciso ter planejamento.

“Não adianta o produtor só se preocupar em plantar o grão o quanto mais rápido. Temos que nos preocupar com a colheita. Eu planejo meu plantio em etapas para que eu consiga colher dentro do tempo hábil depois. Isso tudo levando em consideração a quantidade de máquinas e a chuva. E não existe máquina que colha com chuva, então o planejamento é muito importante”, destacou Carlins.

Na fazenda Pai João, também em Lucas, o gerente da propriedade, Edson Mobs, diz que trabalha sempre com os mesmos funcionários. Por conta da dificuldade de encontrar profissional qualificado, muitas vezes tem que trazer gente de outros estados.

“Isto encarece a produção, pois temos que arcar com locomoção, hospedagem e todos os demais custos”, comentou Edson. A burocracia da legislação trabalhista é outro item que impacta no aumento dos custos. “Os 2.128 hectares da propriedade poderiam ser semeados em 11 dias de trabalho com as máquinas e quantidade de funcionários, porém, os contratos de trabalho têm que ter um tempo mínimo de dois meses”, comentou, à assessoria de comunicação da Aprosoja-MT.
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