O segmento nacional de fertilizantes especiais fatura cerca de R$ 3 bilhões por ano e emprega mais de 12 mil pessoas. A informação foi dada pelo pela diretoria da Abisolo, que representa o setor, responsável pela produção de fertilizantes orgânicos, organominerais, biofertilizantes, condicionadores de solo e substratos para plantas, que registra crescimento anual médio de 15%.
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Estimativas apontam que aproximadamente 300 empresas atuam no mercado, a quase totalidade de capitais nacionais das quais 68 são associadas da Abisolo e que representam 80% do montante de negócios setoriais, conforme noticiou a publicação DCI durante a realização do 5º Fórum Abisolo.
Apesar de conviver com algumas dificuldades para adoção de novos produtos, imposta pela restrição de marcos regulatórios, o setor festeja importantes conquistas.
A incorporação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e ações adotadas por meio de projetos e programas como o da Agricultura de Baixo Carbono, alíquota zero do PIS/Confins para micronutrientes, regulamentação dos biofertilizantes, revisões das instruções normativas do Ministério da Agricultura (Mapa) e o desenvolvimento das estatísticas mercadológicas são exemplos dados pela Abisolo como avanços alcançados pelo setor.
Contudo, a efetivação da desoneração dos produtos constitui um dos objetivos prioritários da associação, realidade que ainda carece de tempo para ser vivernciada. “A guerra fiscal entre os Estados causam impacto nos custos e nos preços desses insumos, considerados vitais pelos técnicos e por produtores rurais para o incremento da produtividade no campo”, avalia o presidente da Abisolo, Clorialdo Roberto Levrero.
Concorrência
Estas e outras ações, como os investimentos expressivos em desenvolvimento tecnológico e inovação, por meio fusões e incorporações entre as empresas brasileiras, visam armar o setor que começa a enfrentar forte concorrência externa.
“O setor precisa busca maior difusão junto aos técnicos agrícolas, meios acadêmicos e aos próprios produtores rurais, e convence-los de que os efeitos que os fertilizantes especiais causam às lavouras são eficazes”, concluiu Levrero.