A colheita do algodão atingiu 78.4% nesta quinta-feira (22), segundo levantamento feito pelo instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O índice está 6.6 pontos porcentuais abaixo do que fora registrado na mesma época do ano passado, quando, em 22 de agosto de 2012, era de 85%.

Os produtores de Mato Grosso plantaram 472.3 mil hectares com a cultura na safra 2012/13 – redução de 37.4% de área em relação à safra anterior. A região Noroeste do Estado, com 5.4 mil hectares, já finalizou a colheita. O Nordeste mato-grossense, com 2.2 mil ha, colheu 90% e, o médio-Norte, que tem 75 mil ha com algodão, atingiu 81%.

O Sudeste, que possui a maior área cultivada (214.2 mil ha), retirou das lavouras o equivalente a 80.9%; centro-Sul (40.6 mil ha) 77.2% e, o Oeste (114.8 mil ha), 71.1% de cobertura.

China volta a liderar compra de algodão produzido em Mato Grosso
Oferta menor e alta do dólar favorece venda de algodão em Mato Grosso

A estimativa de produção gira em torno de 632.8 mil toneladas de pluma e 1.6 milhão de t. de caroço de algodão. A comercialização da safra chega a 73% da pluma e 75% do caroço, segundo o Imea.

Preços

O produtor mato-grossense visualiza possibilidade de realizar vendas da pluma e do caroço com melhores preços nas próximas semanas, devido a dois fatores que estão pressionando o mercado no atual momento: a alta do dólar e a menor oferta do produto.

Segundo o Imea, as condições de oferta restrita no Brasil provocaram alta de 10% no preço da pluma, chegando a R$ 69,50 (média do Estado) por arroba. “Além disso, a elevação registrada no mercado nacional foi motivada pela alta da ICE Futures, que chegou a centavos de US$ 93,32/lp nessa sexta por causa dos relatórios positivos das exportações chinesas e pela projeção baixista feita pelo USDA para a produção americana de algodão”, explica.

Conforme o instituto, a permanência do dólar em alta, na casa dos R$ 2,40, aliado às condições positivas do mercado, favorece o fechamento de negócios para os próximos meses, visto que, após o cumprimento de contratos de exportação, a pluma mato-grossense deve atender a demanda da indústria nacional que está abastecida apenas para o curto prazo.