Graças a um projeto de mestrado realizado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em parceria com o Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) já é possível detectar a presença de agrotóxicos em alimentos, no solo ou na água por meio de um aparelho portátil.
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O mestrado da cacerense Izabela Gutierrez de Arruda teve a colaboração dos professores Dr. Romildo Jerônimo Ramos (UFMT), Dr. Francisco Gontijo Guimarães (USP) e Dr. Nirton Cristi Silva Vieira (USP) e rendeu o primeiro registro de patente da UFMT.
Segundo a agência
USP de Notícias, o biossensor foi construído exclusivamente para detectar o pesticida metamidofós, mas ele também está preparado para ser adaptar à detecção de outros pesticidas, o que aumenta a sua utilidade e importância.
A criação de Izabela e seus orientadores teve origem na constatação de grandes índices do pesticida metamidofós nos lençóis freáticos e nas grandes lavouras de Mato Grosso. Além disso, pesquisas da UFMT já encontraram a presença de quantidades de pesticidas no leite materno de moradoras das principais cidades produtoras de grãos no interior do estado.
Conforme relatou o professor Francisco Gontijo à Agência USP, "este é um daqueles trabalhos que visam diretamente o bem-estar social e por isso a ideia foi patenteada". Gontijo explicou que antes da ideia, todas as análises referentes a contaminação por pesticidas no Estado de Mato Grosso eram enviadas para São Paulo ou Rio de Janeiro e com este biossensor, pode não mais haver essa necessidade, pois o equipamento — do tamanho de um medidor de índices de diabetes —, confere a resposta em poucos minutos.
Segundo a Forest Comunicação, os pesquisadores agora procuram alguma empresa nacional de nanotecnologia que se interesse em produzir o aparelho, que deverá ser comercializado com valores entre R$100,00 e R$200,00.