A Comissão de Agricultura da Câmara Federal vai convocar na próxima semana os ministros da Saúde e Agricultura para debater a liberação de defensivos agrícolas utilizados no combate à lagarta helicoverpa armigera. A praga tem atingido de forma severa lavouras de soja, milho, algodão, mileto e girassol em diversas regiões do país.
Na Bahia, a situação chegou ao Judiciário. O Ministério Público Estadual rompeu o acordo com o governo do Estado que liberava o uso defensivo benzoato de emamectina - o mais eficaz no combate à lagarta - e, nesta semana, suspendeu a aplicação do produto.
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Além de proibir o uso do benzoato, o MP pediu e a 1ª Vara da Fazendo Pública de Barreiras determinou a suspensão e proibição de emissão de novas autorizações de aplicação do produto concedida pela Agência de Defesa Agropecuária (Adab), vinculada à Secretaria de Agricultura da Bahia, e a apreensão do produto que já havia chegado a Luis Eduardo Magalhães.
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Autor do requerimento solicitando a realização de audiência pública, o deputado federal Oziel Oliveira (PDT-BA) quer esclarecimentos do governo sobre alternativas para o combate à lagarta.
“Queremos que o governo federal dê uma posição aos agricultores sobre a proibição do uso de benzoato. A helicoverpa é uma questão de segurança nacional. O prejuízo já foi estabelecido”, argumenta o parlamentar.
Os prejuízos no oeste da Bahia estão estimados em cerca de R$ 1,5 bilhão. Na última terça, dia 28, ao participar da abertura da Bahia Farm Show, em Luis Eduardo Magalhães, o governador Jaques Wagner afirmou que levará o pleito dos produtores à presidente Dilma, e que os apoiará na busca de solução definitiva para esse problema.