Inicia nesta segunda, dia 3, em Gramado, no Rio Grande do Sul, o 28º Seminário Cooplantio, evento que discute até quarta, dia 5, o tema Inovação no agronegócio para produzir mais e melhor. Pautado pela safra de soja recorde, com mais de 12 milhões de toneladas colhidas, o seminário busca promover um intercâmbio de informações e experiências entre produtores líderes.
O Canal Rural, que realiza a cobertura completa do evento na Serra Gaúcha, transmite ao vivo nesta segunda, a partir das 14h, o debate Economia, Tendências e a Agricultura do Sul do Brasil. Do debate, participam o engenheiro agrônomo Alexandre Barros, que fala sobre insumos, mercado e tendências, o economista Marcelo Portugal, que aborda câmbio, preços tendências e commodities, e o diretor-superintendente do Porto de Rio Grande, Dirceu Lopes, que aborda a questão logística para grãos.
– O Brasil tem tudo para se tornar o maior produtor mundial de grãos, mas precisa urgentemente planejar, investir e consolidar sua infraestrutura logística para atender as necessidades produtivas do país com eficiência e de forma competitiva. Temos que pensar a cadeia produtiva de grãos de forma integrada e associada ao multimodalismo. Certamente, o resultado final traria enormes vantagens para os produtores e para sociedade como um todo – afirma Lopes.
Os debates dos três dias do evento podem ser acompanhados, em tempo real, através do site do Seminário Cooplantio ou da consultoria Safras & Mercado.
Programação completa
Após o primeiro debate, às 16h30min, ocorre a abertura oficial do evento e, logo depois, às 17h, para fechar o primeiro dia de programação com chave de ouro, Renato Pereira, especialista na utilização do bom humor no marketing de negócios e relação inter e intrapessoal, faz sua apresentação Como transformar a compra em renda. O palestrante comenta a recente pesquisa publicada pelo jornal Valor Econômico, que apontou o agronegócio como prioridade por 83% do público das grandes capitais.
– É algo à prova de crise e que o mercado internacional não tem como interferir. Ninguém consegue produzir melhor e a preço tão compatível quanto nós (agricultores brasileiros) – aposta. Outro destaque é a questão do endomarketing da propriedade rural e da posição do agricultor como comprador.
O segundo dia de evento, dia 4, abre com o debate Evolução nos Custos de Produção: Soja, Milho, Trigo e Arroz, às 8h30min, com o engenheiro agrônomo Paulo Rigatto, mestre em Economia Rural e doutor em Administração, e do economista Tarcisio Minetto, superintendente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS). Os principais assuntos em discussão são a evolução dos custos de insumos em Reais, em grãos e em Dólar, os principais gargalos das lavouras do Sul do Brasil, o planejamento estratégico como ponto fundamental para o êxito da safra e a necessidade de o produtor estabelecer parcerias prévias para garantir fluxo no negócio.
A partir das 10h45min, o foco da programação é as mulheres, cada vez mais presentes na gestão da empresa rural. A mesa redonda A Mulher na Agricultura Atual e o Futuro recebe para o debate, intermediado pela jornalista Tânia Carvalho, a engenheira agrônoma e produtora rural da Sementes Falcão, de Passo Fundo (RS), Fernanda Falcão; a produtora rural da Agropecuária Pontal, de Santa Vitória do Palmar (RS), Helena Schmidt; e a engenheira agrônoma e produtora rural da Fazenda Ereporã, de Erechim (RS), Renata Arioli.
Às 14h, o debate se volta para a Nutrição de Plantas e Manejo de Solos, do qual participam os engenheiros agrônomos Ibanor Anghinoni, para falar sobre Fertilidade de solos em lavouras de arroz e sistemas de produção associados, e Pedro Escosteguy, com o tema Soja, milho e trigo no Planalto. Para Anghinoni, é preciso reconstruir a fertilidade do solo, que não é só química, mas física e biológica.
– Aumentar os teores de matéria orgânica é a chave para melhorar todo o sistema de produção – garante. Segundo Escosteguy, a fertilidade do solo deve ser analisada de acordo com o contexto de cada sistema de produção.
Para encerrar o segundo dia de evento, ocorre, às 16h30min, o painel Inovações no Manejo de Pragas, Doenças e Plantas Daninhas, que conta com os engenheiros agrônomos especialistas no assunto Dirceu Gassen, Mario Bianchi e Ricardo Balardin.
– Novas pragas e o crescente aumento nas dificuldades de controle de plantas daninhas e doenças têm causado forte apreensão entre os agricultores – alerta Gassen. Balardin, mestre em Fitotecnia e doutor em Culturas e Ciências do Solo e Fitopatologia, trata sobre os dois principais males que acometem as lavouras: ferrugem em soja e brusone em arroz.
O dia 5, terceiro e último dia de evento, traz, a partir das 8h30min, um dos temas de maior destaque desta 28ª edição: Inovação na Gestão das Empresas Rurais Familiares: Família, Patrimônio e Negócio, com a participação do engenheiro agrônomo Cilotér Iribarrem, consultor da empresa Safras & Cifras.
Em sua apresentação, Iribarrem fala sobre o crescimento da população humana, a maior longevidade dos pais, que traz como consequência uma participação mais efetiva dos filhos e, muitas vezes, a entrada dos netos na empresa familiar. Segundo ele, para que não ocorram atritos, é necessária a implantação de um novo modelo de gestão.
Às 9h20min, é a vez do engenheiro agrônomo Dirceu Gassen, gestor de Marketing e Serviços da Cooplantio, amarrar todas essas questões que serão debatidas ao longo dos três dias de evento em sua palestra Inovação, Visão e Futuro do Agronegócio. Segundo ele, a ideia é tratar sobre a evolução da agricultura para os próximos dez anos, incluindo as projeções para o arroz, a soja, o milho e o trigo, com base nos avanços obtidos nos últimos 20 anos.
Para encerrar, o advogado, jornalista e professor universitário Clóvis de Barros Filho faz sua palestra motivacional sobre A Vida que Vale a Pena Ser Vivida.