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Domingo, 19 de maio de 2024

Notícias | Economia

Instituto vê uma séria ameaça de recessão global

A recuperação econômica mundial vai mal e há uma séria ameaça de outra recaída em recessão global. É o que mostra o mais recente índice de acompanhamento Brookings Institution-"Financial Times", apesar dos grandes esforços de bancos centrais de todo o mundo para impulsionar a demanda.


No momento em que os EUA entram na reta final da eleição presidencial, a maior economia do planeta é o único possível ponto luminoso fora dos mercados financeiros. Desde o segundo trimestre, dados econômicos e de confiança no resto das economias desenvolvidas e nos emergentes do G-20 apresentaram deterioração.

O índice Tiger ("Tracking Indices for the Global Economic Recovery") lança uma sombra sobre as reuniões nesta semana do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Tóquio, em paralelo à luta de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais para encontrar maneiras de gerar crescimento autossustentável. O agravamento dos números e da confiança forçou analistas a rebaixar suas estimativas de crescimento para 2012 e 2013.

O vazamento das previsões detalhadas do FMI, a serem publicadas amanhã, mostrou que o Fundo revisou para baixo sua estimativa de expansão global neste ano, dos 3,4% calculados em julho para 3,3%, e eliminou outro 0,3 ponto percentual da previsão de 3,9% feita em julho para 2013.

Eswar Prasad, professor do Brookings Institution, disse: "A recuperação econômica global vai mal, prejudicada por conflitos políticos internos e externos dos países, pela falta de ações políticas decisivas e pela incapacidade de os governos enfrentarem problemas enraizados tais como finanças públicas insustentáveis que estão sufocando o crescimento".

O índice Tiger mostra uma perda de ritmo na economia global, apesar de ações do Federal Reserve (o BC dos EUA), do Banco Central Europeu, do Banco do Japão e do Banco da Inglaterra para impulsionar a recuperação.
O índice Tiger combina medições da atividade da economia real, variáveis financeiras e indicadores de confiança, conforme o nível de suas movimentações simultâneas para cima ou para baixo.

As ações para conter a desaceleração impediram que os mercados financeiros se juntassem à tendência de queda, com o componente financeiro do índice registrando em setembro a sua posição mais forte desde junho de 2011.
O professor Prasad acrescentou: "Na ausência de uma gama mais ampla de medidas políticas decisivas, incluindo reformas fiscais, do sistema financeiro e estruturais necessárias em muitos países, a economia mundial pode em breve ir à lona".
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