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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Shell reforça planos para o Brasil e pode ir a leilões

Foto: Reprodução - Ilustração

Shell reforça planos para o Brasil e pode ir a leilões
O presidente mundial da petroleira anglo-holandesa Shell, Peter Voser, reafirmou ontem o interesse da companhia em ampliar suas atividades no Brasil. O executivo confirmou que a empresa pode participar dos três leilões de blocos exploratórios que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deve realizar em 2013.

"Estamos olhando para o Brasil com bons olhos. O Brasil faz parte do portfólio da Shell e queremos crescer ainda mais nos próximos anos e décadas aqui", afirmou Voser, em coletiva de imprensa sobre a celebração dos 100 anos de atividades da Shell no país. "É um mercado em crescimento e de grande importância para a Shell", completou.

Ontem pela manhã, o executivo se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília. Segundo ele, no encontro, foram discutidas oportunidades de negócios e o cenário futuro para o setor petrolífero do país, com a sinalização de continuidade dos leilões de blocos exploratórios.

A companhia está investindo US$ 2 bilhões na segunda etapa do projeto de Parque das Conchas, no bloco BC-10, na parte capixaba da Bacia de Campos, com expectativa de início de produção no segundo semestre. O executivo não comentou o volume de produção esperado para a região. A empresa também vai avaliar com os sócios a implantação da terceira fase do projeto, possivelmente em 2014. A anglo-holandesa é a operadora no BC-10, com 50%. Os demais sócios são Petrobras (35%) e ONGC (15%).

Segundo o presidente da subsidiária brasileira da Shell, André Araújo, a companhia já investiu US$ 4,4 bilhões desde que retomou as atividades de exploração e produção no país.

Voser também demonstrou otimismo e interesse com o desenvolvimento da produção de gás natural no Brasil. A companhia pretende perfurar no segundo semestre o primeiro poço exploratório na bacia de São Francisco, em Minas Gerais.

Apesar de não fornecerem informações sobre possíveis negociações em curso para compra de ativos da Petrobras, dentro do plano de desinvestimentos da estatal, os executivos reafirmaram o interesse pelo portfólio da brasileira no Golfo do México.

"A Shell está interessada em negociar no Golfo do México, que é uma das áreas mais estratégicas para a companhia em águas profundas. A gente vai continuar negociando com parceiros na região, inclusive com a Petrobras, sempre que houver oportunidade", afirmou Araújo.

Perguntado se as negociações com a Petrobras podem se estender para outras regiões, Voser respondeu que a empresa analisa constantemente oportunidades. "Compreendo que a Petrobras está remanejando sua carteira. E a Shell vai estudar quais são os itens de seu interesse. Isso é natural, é normal", afirmou.

Com relação às recentes mudanças políticas na Venezuela, onde Nicolás Maduro foi eleito presidente em um conturbado processo, Voser disse que a companhia vai "estudar a situação política" para definir a estratégia de investimentos naquele país.
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