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Sábado, 20 de abril de 2024

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Preços recuam e produtores deverão ter remuneração menor pela cana

Os produtores de cana devem se preparar para uma remuneração menor nesta safra. O açúcar, que foi o carro-chefe nos dois últimos anos, tem preços menores.

O produto negociado no mercado interno teve redução de 11% desde o início da safra, em abril. No mercado externo, a queda é de 7%, conforme o Consecana (conselho que reúne produtores e indústrias).

A remuneração do álcool também cai. O hidratado perdeu 11% nos preços desde o início da safra, enquanto o anidro recuou 5%. Já o álcool anidro de exportação teve alta de 7% no período.

Dois fatores, um externo e outro interno, podem dar vida aos preços do açúcar e do álcool, trazendo melhor remuneração ao setor.

Os países concorrentes do Brasil nesse setor teriam de ter sérios problemas climáticos, tornando o produto brasileiro uma das poucas opções. Os problemas climáticos atuais nos produtores são pontuais, mas não atingem essa dimensão.
O outro fator é interno e depende apenas de uma política do governo: elevação dos preços da gasolina. Essa alta daria suporte financeiro ao setor sucroalcooleiro.

Os que participam das constantes reuniões desse setor sabem, no entanto, que esse aumento está difícil. Ele depende exclusivamente da vontade da presidente Dilma Rousseff, que ainda não sinalizou sobre a possível alta.

A tendência de remuneração para a cana é menor porque, além da queda do valor do ATR (Açúcar Total Recuperável), há uma concentração menor de sacarose na cana. Os dados atuais apontam para R$ 52 por tonelada da cana para álcool e R$ 63 para a destinada ao açúcar.
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