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Terça-feira, 05 de novembro de 2024

Notícias | Agronegócio

Demanda por soja brasileira pressiona preços em Chicago

No pregão desta quarta-feira (13), a soja fechou com preços em queda, perdendo entre 14,75 e 21,75 pontos na Bolsa de Chicago. Ao longo dos negócios, a commodity intensificou seu movimento de realização de lucros, registrando um expressivo recuo. O contrato maio/13, referência para a safra brasileira, encerrou o dia valendo US$ 14,47, perdendo 21,75 pontos.


Para analistas de mercado, essas baixas na bolsa norte-americana foram agravadas ainda pela transferência da demanda por soja para a América do Sul, principalmente para o Brasil. Diante dos baixos estoques dos Estados Unidos, segundo analistas, este seria um cenário inevitável e de pressão para os preços no mercado internacional.

"Mais cedo ou mais tarde essa situação iria acontecer, já que os estoques nos EUA estão em níveis muito ajustados e os prêmios mais baixos no Brasil tornam o produto brasileiro mais competitivo", explicou Flávio Oliveira, operador de mesa da corretora McDonald Pelz.

E como disse o analista de mercado Paulo Molinari, da agência Safras & Mercado, por mais que o escoamento da soja esteja comprometido pela falta de estrutura logística do Brasil, os embarques, mesmo que lentamente, vão acontecendo e o mundo começa a se abastecer com o produto brasileiro.

"A logística brasileira tranca o fluxo mundial de produtos agrícolas e preços são depreciados pela falta de mobilidade logística. Navios retidos no Brasil trazem além de pesadas perdas para todos envolvidos na cadeia, ainda desarma o fluxo de navios em todas as origens", explica o consultor de mercado Liones Severo, da SIM Consult.

Paralelamente, o mercado ainda opera de forma técnica, exibindo correções depois das últimas altas. O recuo, segundo explicam analistas, se dá também em função dos investidores que, mais uma vez, se deparam com um mercado sem muitas novidades capazes de aquecer os negócios em Chicago, liquidarem parte de suas posições.

Safra 2013/14 dos EUA - Outro fator que começa a atrair atenção do mercado na CBOT são as especulações sobre a nova safra dos Estados Unidos. A princípio, as previsões climáticas indicavam que o clima não seria muito favorável para o início do plantio uma vez que indicavam a continuidade da severa estiagem que comprometeu a temporada 2012/13.

Entretanto, de acordo com Molinari, essas indicações ficaram para trás e as novas previsões indicam condições favoráveis para o início do novo ciclo. "Indicação de seca é passado. As condições climáticas são diferentes, o inverno é úmido na maior parte do meio oeste, as condições de umidade são quase que perfeitas. Hoje seria possível iniciar o plantio, só não começou, pois ainda é inverno, mas as condições de plantio são boas", explicou o analista.
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