À convite da BASF, o
Agro Olhar/Olhar Direto esteve presente a coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (26), no município de Lucas do Rio Verde (350 km de Cuiabá), após a inauguração do Centro Experimental Avançado (CEA) da BASF.
O vice-presidente Sênior da Unidade de Proteção de Cultivos da América Latina e de Sustentabilidade para a América do Sul, Eduardo Leduc e o presidente da Fundação Rio Verde, Joci Piccini, falaram com exclusividade à reportagem e desmistificaram muitos preconceitos sobre a agricultura intensiva, aplicada em grande escala por multinacionais como a BASF.
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“A agricultura intensiva sustentável, feita com responsabilidade e de maneira correta, utilizando a rotação de culturas traz uma série de benefícios para o meio ambiente e para a população, pois no primeiro promove a recuperação de áreas degradadas, atraindo uma diversidade de insetos e, por conseqüência, de animais que se alimentam destes insetos; impede a lixiviação do solo, conservando-o; já o benefício direto para a população é a diminuição de preço dos produtos, permitindo que pessoas com maiores dificuldades econômicas possam ter acesso a uma alimentação saudável”, esclarece Joci Piccini.
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Leduc destaca que o fenômeno da fixação biológica do nitrogênio - processo natural que capta o nitrogênio existente no ar e o torna disponível para as plantas como nutriente, e outro benefício direto ao meio ambiente. “É seguro dizer que a soja é uma cultura rentável no Brasil graças à administração deste fenômeno, permitindo a fixação de grandes quantidades de nitrogênio, resultando em elevadas produtividades sema adição de nitrogênio químico”, destaca o representante da BASF.
Piccini e Leduc observam que para obter sucesso na execução de um cultivo que não agrida a natureza, o agricultor deve utilizar corretamente os produtos que serão aplicados na lavoura, buscando sempre utilizar produtos que primem pela capacidade de associação simbiótica com bactérias. “O sistema de manejo do solo é outro fator que deve ser levado em consideração pelo agricultor”, destaca Piccini, que critica a forma como certa parte da mídia ainda caracteriza os produtores rurais.
“A grande maioria dos agricultores brasileiros trabalha em comunhão com o meio ambiente, não é de interesse desta classe a falência do meio ambiente, até porque estas pessoas estão diretamente ligadas a ele”, argumenta o presidente da Fundação.
Alimento ao alcance de todos
Com a introdução da agricultura intensiva, produtos agrícolas como legumes, frutas e produtos avícolas têm se tornado mais acessível, oportunizando as pessoas uma dieta equilibrada e nutritiva, e alimentos orgânicos, a mão apenas dos estratos de elite da sociedade, tem se tornado mais freqüente na mesa da população mais carente. Espaços agrícolas de grande porte são obrigadas a cultivar produtos orgânicos utilizando adubo natural.
Campanha Planeta Faminto
Segundo informações da assessoria da BASF, o papel da agricultura brasileira é desicivo na produção de alimentos para a crescente população mundial, que saltará de 6,8 bilhões, em 2010, para 9,3 bilhões em 2050. Este é o enfoque, com dados tangíveis e comparações didáticas, do vídeo "Um Planeta Faminto", produzido pela multinacional.
"O vídeo mostra o valor do agricultor para a sociedade", destaca Leduc. “'Esse profissional é um apaixonado pela terra e pela natureza. Seu trabalho é essencial e deve ser reconhecido pela população. Portanto, estamos prestando uma homenagem ao agricultor brasileiro".
De acordo com Leduc, a força do agricultor se mostrará ainda mais necessária no futuro, já que as previsões da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) atestam que, nos próximos dez anos, a demanda mundial por alimentos crescerá 20%. “O Brasil atenderá a 40% desta demanda”, destaca com o dirigente.