A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) divulgou novas rotas de acesso aos terminais de grãos. A mudança faz parte do Programa Safra, que tem como objetivo evitar a formação de filas de caminhões ao longo da BR-277, cenário corriqueiro nas últimas temporadas, e melhorar o tráfego dentro do perímetro urbano da cidade de Paranaguá durante o pico de escoamento da produção de verão. No total são 14 rotas diferentes para a descarga de granéis.

“A nova distribuição de rotas em Paranaguá irá dar fluidez ao serviço. Vamos escoar a safra sem prejuízo das demais cargas”, aponta o superintende da Appa, Luiz Henrique Dividino. “Nos antecipamos às filas e teremos a situação minimizada”, garantiu o governador Beto Richa, que também participou do lançamento do Programa Safra.

As modificações logísticas estão sendo comunicadas aos caminhoneiros, exportadores e operadores portuários. Informativos com o desenho da região onde está o terminal e as rotas, cada uma com uma cor diferente, estão sendo distribuídos nas praças de pedágios das principais estradas do estado – a previsão é cobrir todo o território até o meio do ano – e no pátio de triagem. A Appa também reforçou a sinalização dentro da cidade para orientar os motoristas.

A projeção da administração da autarquia é movimentar 19,8 milhões de toneladas pelo corredor de exportação, crescimento de 24% em relação ao ano passado (15,9 mi/t). O Porto de Paranaguá é a porta de saída da soja e do milho produzidos no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Realidade

Apesar das medidas anunciadas pela administração do porto, o tráfego no perímetro urbano de Paranaguá apresenta problemas. Ontem, caminhões formavam fila na região de acesso ao pátio de triagem. Como algumas regiões dos principais estados produtores começaram a colheita, o tráfego deve se intensificar nas próximas semanas.

Outro motivo é o aumento no número de caminhões que deverão descer a Paranaguá durante a temporada agrícola. A nova ‘Lei do Caminhoneiro’ limita o tempo de trabalho dos profissionais e exige uma quantidade maior de carretas para transportar a safra