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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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ESTRADAS PRECÁRIAS

Deputados exigem que governo reestruture consórcios para manutenção de rodovias

Para Dal’Bosco, cidades como Porto Gaúcho, Juruena, Aripuanã e Terra Nova tem suas economias ‘sustentadas’ pela saúde das rodovias estaduais que as servem. “O governo tem que tomar providências a respeito dos convênios para solucionar o problema nestes municípios, que dependem destas para escoar a produção agrícola”.

Foto: Assessoria

Consórcios administravam patrulhas mecanizadas e davam manutenção nas rodovias

Consórcios administravam patrulhas mecanizadas e davam manutenção nas rodovias

Durante a sessão da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (6), os deputados estaduais Domingos Fraga (PSD), Pedro Satélite (PPS), Dilmar Dal’Bosco (DEM) e o presidente do Poder Legislativo, José Riva (PSD), exigiram do governador Silval Barbosa (PMDB) a imediata reestruturação dos consórcios intermunicipais. Em paralelo, a Assembleia anunciou elaboração de um programa emergencial para atender os municípios mato-grossenses.


A medida é parte de condição imposta pela Assembleia Legislativa ao governo, que deverá atender estas cidades. Riva chamou a atenção para a urgência da pauta e para a importância da participação dos deputados no planejamento.

Rodovia do extremo-norte está sem condições de tráfego
Estradas esburacadas dão prejuízo ao setor produtivo

A ideia é entregar o programa ao governador Silval Barbosa tão logo ele seja confeccionado. O presidente do Legislativo observou que o programa MT Integrado é essencial para o sucesso do projeto. “Com ele o governo vai promover investimentos pesados na infraestrutura de Mato Grosso, e fica a expectativa de que tais problemas infraestruturais sejam resolvidos."

Dal’Bosco apontou para o número expressivo de máquinas sucateadas que estão paradas em diversos municípios do interior. “Precisamos resolver este problema já, o escoamento de grãos começou e existem estradas que estão intrafegáveis”. O parlamentar atentou para a situação crítica da MT-208 (que liga os municípios de Alta Floresta, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes) e da MT-010.

Para Dilmar, cidades como Porto Gaúcho, Juruena, Aripuanã e Terra Nova tem suas economias ‘sustentadas’ pela saúde das rodovias estaduais que as servem. “O governo tem que tomar providências a respeito dos convênios para solucionar o problema nestes municípios, que dependem destas para escoar a produção agrícola”.

Fraga alertou para a lapidação do patrimônio público praticado pelos prefeitos de gestões anteriores, o que agrava a situação de cidades como as do extremo norte. “O governo precisa intervir e recuperar o maquinário de diversos municípios, o governador precisa ouvir a Assembleia, pois cada deputado sabe muito bem o que está acontecendo no interior do estado; precisamos recuperar nossas riquezas, traze-la do extremo norte e de outras regiões”.

A federalização da MT-322, a antiga BR-080, foi apontada pelo deputado como primordial. Fraga destacou maior envolvimento dos deputados nos consórcios, devido a imparcialidade dos parlamentares na decisão de onde os maquinários vão executar as obras.

Cadeia Produtiva

Desde que foi implantado, em 2007, o MT Regional – hoje funcionando como Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Regional da Sedraf, age como ator principal da democratização do desenvolvimento dos 141 municípios do estado. “O primeiro diretor do MT Regional , o saudoso Clóvis Vettorato, tinha esse sonho de possibilitar um desenvolvimento mais igualitário, que diminuísse as diferenças regionais dentro do estado”, explica Renaldo Loffi, gestor da pasta.

Para tanto, foram criados os consórcios intermunicipais, responsáveis por gerir as patrulhas rodoviárias, compostas por duas motoniveladoras, oito caminhões basculantes, um PC, um cavalinho com prancha, uma camionete para assistência técnica e um caminhão meloso.

Ao todo, foram disponibilizadas pelo governo estadual 21 patrulhas, que atendiam os 15 consórcios intermunicipais e mais algumas regiões, como a da MT-322. “O resultado do trabalho executado pelos consórcios resultou no desenvolvimento da cadeia produtiva no estado, um exemplo é a situação dos produtores de leite, que em 2007 produziam 900 mil litros/dia e hoje chegam a produzir 2,3 milhões litros/dia”, exalta Loffi, que acrescenta: “Taslvez edste seja o motivo de tantos deputados estarem pedindo ao governo que recupere o maquinário que serve aos consórcios, que já está no final da vida útil”.
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