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Ampa comemora 15 anos com lançamento de novo programa de certificação do algodão

19 Set 2012 - 09:45

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Divulgação

O presidente da Ampa, Carlos Ernesto Augustin

O presidente da Ampa, Carlos Ernesto Augustin

A Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa) comemorou seus 15 anos de idade com o lançamento do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) na noite de segunda-feira (17) .


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O evento foi realizado na Casa Cor 2012, anexo ao Hospital de Câncer de Mato Grosso, e contou com produtores de diversos municípios do Estado, representantes de organizações do setor e lideranças políticas.

O ABR tem como objetivo orientar a cotonicultura brasileira em três pilares - social, ambiental e econômico – concedendo um selo às propriedades que cumprirem todos os requisitos propostos pelo programa em cada um destes setores.

Sob coordenação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o ABR partiu do pioneiro programa Instituto do Algodão Social (IAS), criado em Mato Grosso em 2005, passando pelo Programa Socioambiental da Produção de Algodão (Psoal), lançado no ano de 2009 para atender os demais estados produtores.

A proposta é ser um projeto maior e melhorado do IAS e do Psoal, dando continuidade ao que já vem sendo desenvolvido.
O presidente da Ampa, Carlos Ernesto Augustin, ressaltou que o programa representa o compromisso com a sustentabilidade e com o futuro das próximas gerações.

Adilton Sachetti, que também já ocupou a presidência da associação, ressaltou que o ABR marca um novo momento do algodão brasileiro e relembrou como a produção era difícil e trabalhosa há 15 anos, sem tanto suporte da tecnologia.

Programa Algodão Brasileiro Responsável

O ABR tem como fundamento as boas práticas sociais, ambientais e econômicas nas fazendas produtoras de algodão.
Tem foco no desenvolvimento sustentável, nos princípios relativos à regularização das relações trabalhistas, no cumprimento das normas de segurança do trabalho, na proibição de mão de obra infantil ou escrava, na liberdade de sindicalização e negociações coletivas, na preservação do meio ambiente, nas boas práticas agronômicas e outros itens que contemplam as esferas social, ambiental e econômica.

Com todos esses e outros quesitos a serem cumpridos, o ABR quer solidificar a boa imagem do algodão brasileiro a fim de conquistar espaço no crescente mercado do algodão sustentável, além de disseminar a boa gestão entre as fazendas produtoras.

Ao todo, o programa apresenta 228 itens, dos quais apenas 31 são orientativos e, gradativamente, passarão a integrar a lista de obrigatoriedades.


Como participar

O produtor que quiser aderir ao ABR deve procurar a associação de produtores de algodão de seu estado e assinar um termo de adesão. Em seguida, recebe visita de uma equipe técnica com lista de todos os itens a serem seguidos.

Adiante, é feita a elaboração do Plano de Correção das Não Conformidades (PCNC), que deve ser seguida pelo produtor. Uma auditoria externa vai verificar o cumprimento do PCNC e certificar a propriedade.

O produtor tem um período de oito safras, a partir da adesão, para adequar-se completamente a todos os itens que constam do programa, período considerado suficiente pela Abrapa para os investimentos e mudanças necessárias.
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