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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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USDA que o Brasil terá o menor estoque de arroz da década

Foto: Divulgação

USDA que o Brasil terá o menor estoque de arroz da década
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) prevê que o Brasil terá em 2012/13 o menor estoque de passagem de arroz em dez anos.

Os números encontram consonância em projeção realizada pela Federarroz com base no levantamento de estoques divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em dezembro, somado à industrialização de arroz no Rio Grande do Sul, segundo a taxa de Contribuição para o Desenvolvimento da Orizicultura (CDO) do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) entre julho e novembro, e a média histórica de processamento, importação e exportação em dezembro, janeiro e fevereiro.

Uma vez confirmados estes indicativos, os estoques indicados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para 28 de fevereiro de 2013 estariam superestimados em 1,67 milhão de toneladas, base casca. A situação é gerada pelo conflito de informações, inclusive entre diferentes órgãos do governo federal, e a USDA. E pelo fato da Companhia ter alterado números de produção, consumo e estoques de passagem dos últimos cinco anos.

“Em abril a Conab previa exportações de 600 mil toneladas de arroz (casca) e estamos com 1,25 milhão faltando três meses para findar o ano comercial”, diz Renato Rocha, presidente da Federarroz.

Para o setor, este comportamento afeta a credibilidade dos números da Conab. “Quando números consolidados são alterados assim e há conflito com outras fontes, inclusive uma delas utilizada pela própria Conab, há o direito da cadeia produtiva duvidar da informação”, reconhece Renato Rocha.

O vice-presidente da Federarroz na Planície Costeira Interna, Daire Coutinho, destaca que na contramão das informações sobre oferta e demanda apresentadas e revisadas pela Conab em 2012, o relatório semestral do IBGE divulgado em dezembro - referente aos estoques brasileiros em 30 de junho de 2012 - indica um volume de arroz 14,5% inferior ao ano passado. O total era de 5,3 milhões/t em casca.

“O consumo médio, importações e exportações de julho a novembro, e o processamento divulgados pelo Irga, com base na taxa CDO, mais a projeção da média histórica de exportações, importações e processamento nos meses de dezembro a fevereiro nos indicam um estoque de passagem bem abaixo das ultimas nove safras”, afirma. Segundo ele, por esta projeção o Brasil teria 555 mil toneladas de estoque de passagem.

Na mesma direção seguem os resultados apresentados no relatório do USDA dia 11 de dezembro, indicando estoques de passagem de 390 mil toneladas (beneficiado), no final da safra 2011/12 e ainda mais ajustados ao final da próxima safra. “São 575 mil toneladas, número próximo da projeção baseado no IBGE/Irga e considerando as médias históricas de dezembro a fevereiro”, cita Daire Coutinho. Segundo ele, essas informações geram uma perspectiva otimista de preços para a próxima safra, prevendo oferta ajustada ao consumo e produção interna inferior à demanda.

“Um cenário que se soma a perspectiva da adoção de cotas de importação ao produto do Mercosul e de sua adequação tributária”, assegura. “Temos a leitura do estoque de passagem mais ajustado, pois o mercado não refletirá indicadores só no papel nos próximos meses, quando oferta e demanda determinarão o comportamento do mercado”, assegura Rocha.
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