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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Cafeicultura em regiões mecanizadas tem produtividade 28% maior

A produtividade das lavouras de café em regiões mecanizadas é 28% superior a de regiões onde a colheita é feita manualmente. Este desempenho está atribuído principalmente ao menor custo com mão-de-obra nas regiões com produção tecnificada, que chega a ser 63,83% menor em relação às regiões com processo produtivo manual. Desta forma, a diferença do Custo Operacional Efetivo (COE) nas duas regiões é de 34% e a utilização de máquinas barateia a aplicação de insumos agrícolas em 42%, segundo informações da publicação Ativos do Café, elaborada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Inteligência em Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA).

Além da diferença de custos proveniente da tecnificação nas lavouras, as produtividades maiores das lavouras mecanizadas geram economia de escala, que se configura pelos decréscimos nos custos de produção unitários em função do aumento na produtividade, melhorando seus resultados financeiros.

Entre agosto/12 e outubro/12, a diferença no Custo Operacional Efetivo (COE) médio entre as regiões com processo produtivo mecanizado e manual foi de aproximadamente 34%. Os custos com pessoas são 63,83% menores, e a utilização de máquinas faz com que a aplicação de insumos agrícolas seja 42% mais barata. Enquanto em regiões mecanizadas o produtor desembolsa em média R$428,84/hectare com a aplicação de insumos, quando a aplicação é manual os custos chegam a R$735,79/hectare.

Ao verificar os custos unitários, o cenário fica ainda mais favorável às regiões mecanizadas. Suas produtividades maiores fazem com que a diferença nos custos por saca com a aplicação de insumos chegue a 52%, demonstrando que, em condições de preços de venda constantes, estas regiões podem obter resultados melhores em comparação a regiões manuais.

Custos da cafeicultura acumularam alta

Os custos de produção da cafeicultura acumularam alta de 0,74% entre agosto/12 e outubro/12. Este valor representa o aumento médio ponderado nos Custos Operacionais Efetivos (COE) do café Arábica e do café Conilon, refletindo o aumento da demanda no mercado de insumos nesta etapa do ano agrícola.

Os insumos são representativos na composição dos custos, participando em aproximadamente 36% do COE do café Arábica e em 27% do café Conilon. Os custos com estes fatores produtivos ficam atrás apenas da colheita e pós colheita.

Como os custos com a colheita tendem a se manter constantes no curto prazo, o COE se torna mais sensível as oscilações do mercado de insumos.

Entre os produtores de Arábica, os municípios com produção mecanizada foram os responsáveis pela alta nos custos. Em média, houve um aumento de 1,18% no COE destes municípios. Verificou-se, entretanto, que, nas regiões com produção manual, o COE reduziu em 0,79%. Houve queda em, aproximadamente, 44% das regiões analisadas.

Nos municípios de Guaxupé e Santa Rita do Sapucaí, na região sul de Minas Gerais, os COE ficaram 1,68% e 2,74% menores, respectivamente, influenciados pela redução nos custos com insumos. Mesmo em meio ao aumento da demanda neste mercado, o cooperativismo nestas regiões pode ter resultado em preços menores. Já no oeste baiano, o COE de Luís Eduardo Magalhães ficou 7,89% mais alto. Nesta região, os custos com insumos e com a mecanização aumentaram 13,43% e 0,31% respectivamente.

Entre os produtores de café Conilon apenas em Cacoal, em Rondônia, houve redução no COE, de 1,24%. Todas as atividades do processo produtivo neste município são realizadas manualmente.

Já em Itabela, na Bahia, e em Jaguaré, no Espírito Santo, com produção semimecanizada, os COE subiram. O destaque foi o aumento de 8,41%, no município baiano, influenciado pelos custos com fertilizantes, defensivos e com a mecanização na condução da lavoura
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