O ministro da Agricultura, senador licenciado Carlos Fávaro (PSD), afirma que o governo federal já articula alternativas para escoar os principais produtos atingidos pelo “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como carne bovina, suco de laranja e café.
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“As ações diplomáticas do Brasil estão sendo tomadas em reciprocidade. As ações proativas acontecerão aqui no Ministério da Agricultura e Pecuária, para minimizar os impactos”, afirmou.
Em nota oficial, o ministro disse ter telefonado diretamente para entidades dos setores mais afetados e prometeu intensificar as missões comerciais e diplomáticas rumo a países do Oriente Médio, Sul Asiático e Sul Global, considerados mercados com alto potencial consumidor.
Fávaro também ressaltou que o governo Lula já vinha trabalhando há dois anos e meio na abertura de novos mercados e na redução de barreiras, e que esse esforço será reforçado a partir de agora. “Aqui é a casa da agropecuária brasileira. Estamos juntos e vamos superar este momento difícil”, concluiu.
A medida de Trump foi interpretada como retaliação ao processo contra Jair Bolsonaro no STF. Fávaro já havia criticado publicamente o ato, chamando Trump de "xerife do mundo" e afirmando torcer para que a medida fosse apenas um blefe político.
Nos bastidores, o Itamaraty prepara retaliações comerciais com base na legislação internacional, enquanto o setor produtivo cobra ações rápidas para evitar prejuízos bilionários.
Leia nota oficia na íntegra:
Diante da ação indecente do governo norte-americano, em taxar em 50% as exportações brasileiras, já estamos agindo de forma proativa.
Telefonei para as principais entidades representativas dos setores mais afetados, o setor de suco de laranja, o setor de carne bovina e o setor de café, para que possamos, juntos, ampliar as ações que já estamos realizando nos dois anos e meio do governo do presidente Lula: em ampliar mercados, reduzir barreiras comerciais e dar oportunidade de crescimento para a agropecuária brasileira.
Neste momento, vou reforçar essas ações, buscando os mercados mais importantes do Oriente Médio, do Sul Asiático e do Sul Global, que têm grande potencial consumidor e podem ser uma alternativa para as exportações brasileiras. As ações diplomáticas do Brasil estão sendo tomadas em reciprocidade. As ações proativas acontecerão aqui no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para minimizar os impactos.
Aqui é a casa da agropecuária brasileira. Estamos juntos e vamos superar este momento difícil.
CARLOS FÁVARO
Ministro da Agricultura e Pecuária