Mato Grosso é o 7º estado com maior rendimento médio mensal do país, atingindo R$ 3.402 em 2024, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8). O valor é referente à média de todas as fontes da população do estado, e sofreu um crescimento de 12,5% em relação a 2023, quando era de R$ 3.024.
Com esse resultado, Mato Grosso supera a média nacional, que ficou em R$ 3.057. Na região Centro-Oeste, o estado aparece atrás apenas do Distrito Federal (R$ 5.147).
A pesquisa também revela que 65,7% da população mato-grossense possuía algum tipo de rendimento em 2024, totalizando cerca de 2,3 milhões de pessoas. O rendimento médio mensal de todos os trabalhos da população ocupada no estado chegou a R$ 3.510 — valor também acima da média nacional (R$ 3.225), garantindo também 7ª colocação entre as unidades da federação.
Outro destaque é a participação do rendimento do trabalho na composição do rendimento domiciliar per capita: em Mato Grosso, ele representa 83,2% do total, a maior proporção entre os estados. Esse indicador reforça a forte dependência da população ocupada em relação aos seus trabalhos como principal fonte de renda.
O rendimento médio mensal real domiciliar per capita no estado também apresentou crescimento contínuo, chegando a R$ 2.235 em 2024, o maior valor da série histórica. Desde 2022, o indicador mostra trajetória de recuperação após quedas causadas pela pandemia.
Em relação à desigualdade, Mato Grosso teve um dos melhores desempenhos do país. O índice de Gini — que mede a concentração de renda — foi de 0,442, o segundo menor entre os estados, atrás apenas de Santa Catarina (0,431). O valor indica uma melhora na distribuição de renda no estado.
Apesar dos avanços, o percentual de domicílios com beneficiários do Programa Bolsa Família ainda revela desigualdades estruturais. Enquanto a média nacional é de 18,7%, Mato Grosso tem 13,7% dos domicílios com ao menos um beneficiário. Nos domicílios que recebem o programa, o rendimento domiciliar per capita foi de R$ 968, menos da metade da média dos que não recebem (R$ 2.522).
A massa mensal de rendimento dos trabalhos em Mato Grosso somou R$ 6,747 bilhões em 2024, um aumento de 10,3% em relação ao ano anterior. Comparado a 2019, o crescimento foi de 36,4%.
Dados do PNAD-C
O rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos é calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência. Esses rendimentos, em virtude de sua importância, peso e variabilidade, são investigados de duas formas pela PNAD Contínua: a primeira se refere ao rendimento bruto recebido no mês de referência da pesquisa pelo trabalho, classificado como rendimento efetivo do trabalho, enquanto a segunda corresponde ao rendimento bruto normalmente recebido pelo trabalho, classificado como rendimento habitual do trabalho. Ambos são captados em todas as entrevistas, somente entre os moradores de 14 anos ou mais de idade ocupados na semana de referência.
Já o rendimento proveniente de outras fontes é composto pelo rendimento efetivamente recebido no mês de referência de: programas sociais do governo (Programa Bolsa Família/Auxílio Brasil, Benefício de Prestação Continuada, da Lei Orgânica da Assistência Social - BPC-LOAS, outros programas sociais do governo); aposentadoria e pensão de instituto de previdência oficial federal, estadual, estadual ou municipal; aluguel e arrendamento; seguro-desemprego ou seguro-defeso; pensão alimentícia, doação e mesada de não morador; e outros rendimentos, em que estão incluídos rentabilidades de aplicações financeiras, bolsas de estudos, direitos autorais, exploração de patentes, etc.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real,clique aqui
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.