Dados do Corpo de Bombeiros apontam que as áreas produtivas de Mato Grosso apresentam o menor índice de focos de calor por 100 km² em 2024. O relatório analisa o período entre 1 de janeiro e 31 de dezembro do ano passado. Atualmente, o estado possui 60% do território preservado.
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Conforme o ranking disponibilizado, Mato Grosso ocupa o segundo lugar com maior número de focos de calor, com pouco mais de 50 mil, ficando atrás somente do Pará, que atingiu 56 mil focos de calor.
Os dez municípios que mais apresentaram focos de calor no ano passado foram: Cáceres em primeiro lugar, seguido de Colniza, Barão de Melgaço, Peixoto de Azevedo, Marcelândia, Poconé, Comodoro, Juara, Aripuanã e Nova Maringá.
Ao realizar um comparativo das áreas temáticas, foi apontado que as áreas produtivas regularizadas no estado possuem o menor índice de focos de calor por área. O valor é de 2,02 focos de calor por 100km².
As áreas produtivas regularizadas representam 53,6% da proporção territorial do estado. A maior incidência de focos de calor está nas áreas não produtivas ou propriedades irregulares. Esta representa apenas 18% da proporção territorial de Mato Grosso.
“Hoje a gente consegue fazer essa estatística de áreas que foram queimadas ou a maior incidência de fogos queimados por áreas temáticas, quando você parte as indígenas, áreas produtivas, áreas improdutivas, áreas irregulares. E de todas essas áreas temáticas, a que tem o menor índice de queimadas, menor índice de fogo, são as áreas produtivas dentro do Estado”, disse o Tenente Coronel Marcondes do Corpo de Bombeiros.
Além disso, focos de calor em Unidades de Conservação e Terras Indígenas também possuem uma taxa elevada, representando 7,28 e 6,78 focos de calor por 100km², respectivamente.