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Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

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EM 2023

Pertencente ao Carrefour, Atacadão deixou de pagar R$ 71 milhões em impostos e pode entrar na mira do governo

Foto: Reprodução

Pertencente ao Carrefour, Atacadão deixou de pagar R$ 71 milhões em impostos e pode entrar na mira do governo
O Atacadão faz parte da lista de empresas mais beneficiadas com a renúncia fiscal em Mato Grosso, no ano passado. A rede de supermercados pertence ao Grupo Carrefour, que nesta semana anunciou que vai deixar de comprar carne dos países do Mercosul para revender na França.


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Conforme o levantamento divulgado pelo AgroOlhar em setembro, o Atacadão deixou de pagar R$ 71.639.706,66 de impostos ao estado. No ranking geral, a rede aparece em 20° lugar, sendo a empresa do ramo supermercadista que mais foi beneficiada pelo programa em 2023.

Depois do anúncio do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, o governador Mauro Mendes (União) sugeriu boicote aos supermercados que compõem a rede. Nas redes sociais, Mauro comentou que o CEO do Carrefour atendeu ao pedido de produtores do agronegócio francês que estão protestando em meio à possibilidade do acordo entre Mercosul e União Europeia.

Na avaliação do governador, isso demonstra que a história do presidente da França, Emmanuel Macron e de ambientalistas que se dizem defensores do meio ambiente é “conversa, porque no fundo mesmo querem usar muitas vezes o meio ambiente para criar barreiras contra o agronegócio do Brasil e de alguns outros países aqui da América do Sul”.

Ele defendeu que, nesse caso, seja aplicada a lei da reciprocidade. “Do jeito que você me trata, eu posso também te tratar”.

O Atacadão pode ter o mesmo destino das empresas que são ligadas à moratória da soja no estado. Mês passado, o governador sancionou uma lei que cortou os incentivos fiscais de quem adere ao programa.

A moratória da soja é um acordo de 2006 firmado entre algumas empresas exportadoras, que veda a compra de soja plantada em áreas desmatadas da Amazônia, ainda que o desmate tenha ocorrido dentro da lei.

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No comunicado divulgado nas redes sociais, o representante do Carrefour alega que a decisão é respaldada pelo “desespero e a indignação” dos agricultores franceses após o anúncio do acordo de livre-comércio entre os países durante reunião da cúpula do G20, no Brasil. Além disso, ressalta um possível “risco de inundação do mercado francês com carne que não atende às suas exigências e normas”.

Em nota, o Ministério de Agricultura (Mapa) disse que não aceitará tentativas “vãs” de manchar ou desmerecer a qualidade e segurança dos produtos brasileiros.

Além disso, o Mapa destaca que o país possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e que atua com transparência no setor.
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