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Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

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PEDRA NO CAMINHO

'Burocracia ainda é o principal inimigo do produtor; MT não atingiu seu potencial máximo', pontua engenheiro

Foto: Rafael Marques/Secom - MT

'Burocracia ainda é o principal inimigo do produtor; MT não atingiu seu potencial máximo', pontua engenheiro
Líder nacional da produção de grãos, Mato Grosso ainda não atingiu o máximo de seu potencial. O obstáculo para isso não é falta de acesso à tecnologia, linhas de crédito ou solo ruim. A “pedra no caminho” do agronegócio continua sendo a burocracia e a morosidade do Estado em emitir as licenças necessárias para o produtor conseguir explorar a área. A explicação é do engenheiro florestal Edson Mendes, diretor ambiental do Grupo Mônica e especialista em gestão estratégica e gestão ambiental.


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“A burocracia e a morosidade continuam sendo os maiores desafios de qualquer produtor, seja ele pequeno ou grande. Imagine só um produtor protocolar um Cadastro Ambiental Rural (CAR) em 2017 e até hoje a licença não ter sido emitida... aquela área ficando ali parada, perdendo a função social”, destacou.

Edson explica que, embora as realidades sejam diferentes, todo produtor acumula prejuízos por causa dessa burocracia. Enquanto o pequeno depende daquela área para garantir o próprio sustento, o grande precisa produzir para gerar emprego e renda, além de colocar em prática os investimentos feitos. No fim das contas, os dois correm o mesmo risco de amargar a conta no vermelho.

As reclamações referentes à morosidade e inconsistências no CAR contra a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) não são de hoje. Há anos Mendes vem expondo o descaso da pasta com o agronegócio, principal responsável por colocar Mato Grosso nos holofotes de estado rico e pujante.

O engenheiro, que comanda operações do grupo no Brasil e na Bolívia, destaca que a implementação de políticas ambientais equilibra produção e conservação e é essencial para a expansão dos negócios.

“Mato Grosso produzir de forma ágil e sustentável. Toda essa lentidão nos processos de liberação das licenças, além de atrasar a produção, ainda estimula o produtor a agir à margem da lei. E isso não ocorre por má-fé, mas por desespero: o proprietário está ali, com a terra pronta para produzir, investimentos feitos, maquinários comprados, funcionários contratados e o Estado demora cinco anos para emitir uma licença? Isso é absurdo”, pontuou.
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