Mato Grosso reduziu em 30% o índice de desmatamento em 2023 mas continua entre os cinco primeiros estados que mais causam danos aos biomas. Ao todo, houve o desmate superior a 161 mil hectares. Os dados são do Relatório Anual do Desmatamento (RAD). A agropecuária é o principal vetor de pressão com relação à perda de vegetação nativa.
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Os líderes do ranking de desmatamento do ano passado compõe a região conhecida como Matopiba com Maranhão, Bahia, Tocantins e Pará. Dados do levantamento de 2022 apontam que Mato Grosso estava ocupando o terceiro lugar com a perda de 239.144 mil hectares.
Já em 2023, o estado conseguiu reduzir 30% atigindo 161.381 mil hectares desmatados e ficou em quinto lugar. Os cinco municípios que mais desmataram no estado foram Colniza, Aripuanã, Juara, Brasnorte e Peixoto de Azevedo. As regiões mais afetadas ficam na Amazônia seguido do cerrado e pantanal.
Ainda conforme o levantamento, pelo menos 96% do desmatamento é advindo da agropecuária seguido do garimpo.
Nos últimos cinco anos, o Brasil perdeu cerca de 8,56 milhões de hectares de vegetação nativa, sendo mais
de 85% na Amazônia e no Cerrado.
A agropecuária é o principal vetor de pressão, com cerca de 97% da perda de vegetação nativa nos últimos
cinco anos. Outros vetores incluem garimpo, eventos climáticos extremos, expansão urbana e, na Caatinga, projetos de energia solar e eólica.