O boletim de safras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou que Mato Grosso foi o estado que mais exportou feijão-comum preto do país. Ao todo, foram enviados para o exterior mais de 77 mil toneladas do grão. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11).
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Dados da Conab apontam que entre janeiro e dezembro no ano passado foram importadas 69 mil toneladas de feijão-comum preto. O valor representa 7,1 mil toneladas a menos que os números registrados no mesmo período que 2022.
Já as exportações atingiram, no mesmo período, 139 mil toneladas, 2,9 mil toneladas acima das 136,1 mil toneladas registradas no ano anterior. Mato Grosso é o maior exportador de feijão, com 55% dos embarques realizados.
Ou seja, Mato Grosso foi responsável por mais de 77 mil toneladas do grão que foram exportadas. A Índia comprou 41%, Egito, com 11%, e Vietnã, com 10%.
Os dados Conab apontam ainda que diante do aumento da oferta e do baixo interesse nas aquisições, os preços registraram mais uma queda.
Dos 389,5 mil hectares cultivados na “safrinha” paranaense, assim, 68% corresponde a feijão-preto, participação bem acima ao normal dessa segunda safra, que tem crescido significativamente nesses últimos 3 anos.
Isso deve-se aos bons preços de mercado dessa cultivar que, desde o início do ano, teve sua cotação bem acima do feijão-carioca.
Já com relação ao feijão-caupi, foi apontado que a implantação nas lavouras já foi concluída. O grão está sendo plantado em substituição as áreas de milho segunda safra que perderam a janela ideal de plantio.
As chuvas registradas no mês de março foram essenciais para o cultivo do feijão-caupi proporcionando a umidade necessária para seu crescimento.
Essa quantidade adequada de chuvas, somadas ao manejo eficaz, trazem para as plantas desenvolvimento saudável nos estádios preliminares da evolução vegetativa. As principais pragas e doenças da cultura estão sob controle.