Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) apontam que Mato Grosso deve sofrer uma queda de R$ 53,91 bilhões na agricultura e pecuária neste ano. Parte da queda foi puxada pelos grãos da soja e milho.
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De acordo com o relatório de Valor Bruto da Produção Agropecuária, a segunda projeção para este ano é uma queda de 26,62% em comparação com a sexta estimativa de 2023, totalizando R$ 148,60 bilhões.
No ano passado foi registrado a movimentação de R$ 202,51 bilhões. Conforme o relatório, o declínio é
resultado, principalmente, da queda expressiva nos preços das culturas agrícolas, juntamente com a expectativa de redução na produção de soja e milho.
Na segunda estimativa, a soja foi o segundo grão que mais apresentou recuo totalizando 34,11%. A previsão é que a produção da soja movimente R$ 67,16 bilhões.
"Esse resultado é atribuído principalmente à redução expressiva no preço da soja, juntamente com a expectativa de uma menor produção no estado, devido às condições climáticas adversas que prejudicaram o desenvolvimento da safra", diz trecho do relatório.
Outras culturas
Em relação à cultura do milho, a segunda estimativa de 2024 estima queda de 39,31%, em comparação a sexta estimativa de 2023. Ou seja, a previsão para este ano é de que o grão movimente cerca de R$ 24,67 bilhões.
Esta foi a maior perspectiva de queda dos grãos para este ano. Conforme o Imea, esta redução é resultado do recuo no preço do milho no estado.
Além disso, a desvalorização do cereal puxou a rentabilidade da cultura para baixo, o que refletiu em uma menor área semeada e, consequentemente, estimativa de dedução na produção.
Já com relação ao algodão, a queda ficou no percentual de 9,61%. Ao todo, está previsto a movimentação de R$ 23,89 bilhões com a pluma. Este cenário é reflexo das grandes quedas na cotação da pluma em Mato Grosso, reflexo da expectativa de maior oferta do produto.
Pecuária
A produção de carne suína e bovina também devem sofrer uma queda em Mato Grosso neste ano.
Em 2024, foi estimado que a bovinocultura de corte deve movimentar R$ 22,89 bilhões, representando queda de 2,89% em relação a 2023.
"Essa diminuição foi impulsionada, principalmente, pelo acentuado recuo no preço da arroba, reflexo da atual fase do clico pecuário, no qual, se tem maior disponibilidade de animais para o abate, exercendo assim pressão sobre as cotações", aponta o relatório.
Já a suína deve ter uma queda de e 0,13% totalizando R$ 2,020 bilhões.