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Terça-feira, 26 de novembro de 2024

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Após alerta sobre falta de médicos veterinários, Indea-MT busca solução para habilitar frigoríficos no Sisbi

Foto: Reprodução

Após alerta sobre falta de médicos veterinários, Indea-MT busca solução para habilitar frigoríficos no Sisbi
O Fórum Agro MT e entidades do setor produtivo se reuniu com a presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Emanuele de Almeida, para buscar uma solução ao problema de falta de médicos veterinários que possam trabalhar na habilitação de frigoríficos no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI).  


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O alerta foi dado na última semana, quando o presidente da Acrismat, Frederico Tannure Filho se reuniu com o superintendente Federal de Agricultura e Pecuária no Estado de Mato Grosso, Leny Rosa Filho, para tentar resolver os entraves que plantas frigoríficas têm enfrentado para se habilitar no Sisbi, e assim poder comercializar seus produtos em todo território nacional.  

“Recebemos a informação de que falta médico veterinário para atuar como fiscal nessas plantas, o que tem impedido, de certa forma, que esses frigoríficos consigam aumentar sua capacidade de trabalho”, explicou Tannure.  

A venda de produtos de origem animal é regulada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, para que aconteça, o frigorífico deve se habilitar para a venda no município, no estado ou para todo o país, cada um com exigências sanitárias crescentes.  

Como muitos frigoríficos do Estado não possuem a certificação para a venda para o Brasil todo, só podem vender dentro de Mato Grosso, e como o estado possui o maior rebanho bovino e o quinto maior produtor de suíno no país, o consumo local não é suficiente para absorver toda a demanda dessas proteínas. 

“Esse é mais um problema da falta de frigoríficos habilitados, pois o resultado é que nossos animais são transportados vivos para serem abatidos em outros Estados. O que resulta em menos emprego e menos renda para Mato Grosso. Por isso a importância da habilitação dos frigoríficos de Mato Grosso no SISBI, e para a habilitação é imprescindível a presença, nas plantas, de um médico veterinário oficial”, explicou Tannure. 

A presidente do Indea-MT, Emanuele de Almeida reconheceu que a escassez de médicos veterinários oficiais neste momento é o principal gargalo a ser resolvido, e que o Governo do Estado está realizando estudo técnico para solucionar o problema. “Falta esse profissional para acompanhar o ‘post mortem’ nas plantas frigoríficas, e para isso estamos buscando uma parceria com o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), para que a instituição contrate esses profissionais e que eles sejam disponibilizados para os frigoríficos”, pontuou.  

A medida está prevista no Decreto 10.419, de 7 de julho de 2020, que autoriza o poder público a celebrar contrato com o serviço social autônomo (em nosso caso, o IMAC) para a contratação de profissionais com formação em Medicina Veterinária para a inspeção ante mortem e post mortem. 

O presidente do Fórum Agro MT, Itamar Canossa destacou a importância do assunto para fomentar ainda mais a cadeia da proteína animal. “É uma grande oportunidade de expandirmos o mercado da nossa carne. Com mais plantas frigoríficas habilitadas no Sisbi os bovinocultores, suinocultores e até mesmo os avicultores, piscicultores e outras criações terão mais chances de vender sua produção fora de Mato Grosso, assim como o frigorífico terá mais mercado para comercializar seus produtos”, afirma. 

Milho em balcão

O pedido de aumento do limite de compra de milho na modalidade de Venda Balcão junto à Conab pleiteado pela Acrismat, também foi pauta da reunião. Atualmente, cada suinocultor pode comprar até 27 toneladas por mês do grão na modalidade, quantidade considerada irrisória pela associação em relação ao tamanho real da demanda dos produtores. Atualmente a Acrismat pede para que esse limite seja de ao menos 50 toneladas ao mês.

“É uma demanda de uma entidade que faz parte do Fórum Agro MT, e que tem o nosso apoio. Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para conseguir atender essa demanda junto aos órgãos competentes”, ressaltou Canossa.
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