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Sábado, 27 de abril de 2024

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DADOS DO IBGE

Pesquisa aponta que Mato Grosso tem 14,6% do rebanho bovino do Brasil

Foto: Everton Queiroz

Pesquisa aponta que Mato Grosso tem 14,6% do rebanho bovino do Brasil
O rebanho bovino cresceu em todas as Grandes Regiões do Brasil em 2022. Mato Grosso lidera a lista com 34,2 milhões de cabeças, ou 14,6% do efetivo nacional, representando uma alta de 5,6%, em relação a 2021. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), frutos da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM 2022).

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Mato Grosso é o líder entre os estados brasileiros desde 2004. Depois de dois anos como terceiro colocado, o Pará subiu uma posição e com 10,6% do rebanho nacional se tornou o segundo colocado no efetivo, seguido por Goiás, que registrou participação de 10,4%.

Esse total de 34,2 milhões de cabeça no estado representa 14,6% dos 234,4 milhões de cabeças de boi em todo o Brasil. A marca representa mais um ano de crescimento do rebanho no país, sendo um acréscimo de 4,3% em relação à data de referência do ano anterior. Essa estimativa equivaleu também ao maior valor da série histórica da pesquisa, superando o recorde de 2021.

Segundo a analista da PPM, Mariana Oliveira, a produção de bovinos vem aumentando, desde 2019, por causa dos bons preços da arroba e do bezerro vivo. “Houve um processo de retenção de fêmeas para reprodução, devido aos preços mais atrativos. Ainda temos em 2022, uma consequência desse comportamento iniciado no final de 2019. Mas a expectativa é de que a alta dos preços tenha se encerrado em 2022, quando observamos, também, aumento no abate de fêmeas”, aponta.


 
O primeiro município mato-grossense no ranking de maior quantidade de bovinos foi Cáceres, em sexto lugar no Brasil com 1,2 milhão de bovinos. Vila Bela da Santíssima Trindade, é o segundo de Mato Grosso e sétimo do país, com 1,1 milhão de cabeças e Juara é o décimo nacional, com 1 milhão de cabeças de boi.
O total de galináceos, que inclui galos, galinhas, frangos, frangas, pintinhos e pintainhas, aumentou 3,8% no Brasil, atingindo em 2022 o recorde de 1,6 bilhão de cabeças, com destaque para o Paraná com 470,3 milhões (29,7%).

Em relação às galinhas, o Brasil tinha, na data de referência, 259 milhões de cabeças, após crescimento de 2,4%. Entre as unidades da federação, São Paulo lidera, com 21,2% do total nacional de galinhas. Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, é o município líder do ranking, com 13,1 milhões de animais. Bastos, em São Paulo é o segundo colocado, com 10,9 milhões, e Primavera do Leste, em Mato Grosso, fica na terceira posição, com 4,3 milhões de cabeças.

Ao longo do ano de 2022, a produção de ovos de galinha registrou um aumento de 1,3%, chegando a 4,9 bilhões de dúzias no país, o valor mais alto já estimado pela pesquisa. O Sudeste destaca-se com 39,9%, seguido do Sul com 23,1% e o Nordeste, com 19,6%. Outro recorde alcançado foi o valor de produção que, devido ao aumento da produção e à alta do preço médio informado (17,6%), apresentou um crescimento de 19,1% e chegou a R$ 26,1 bilhões.

Em 2022, com a elevação generalizada dos preços no setor de proteína animal, o ovo ganhou ainda mais destaque, sendo uma opção mais acessível aos consumidores, uma fonte relativamente mais econômica em comparação às carnes. Parte destes ovos também são destinados à incubação e viram frangos de corte, atividade que também esteve em expansão.

A listagem municipal dos três principais produtores de ovos se mostrou coesa à lista de principais efetivos de galinha: iniciou-se com Santa Maria de Jetibá (Espírito Santo), com produção de 318,6 milhões de dúzias e seguiu com Bastos (São Paulo – 250,4 milhões de dúzias) e Primavera do Leste (Mato Grosso – 104,9 milhões de dúzias).


Efetivo de suínos cresce 4,3% e atinge novo recorde no país

Mais uma vez o efetivo nacional de suínos atingiu um recorde, 44,4 milhões de animais, após um crescimento de 4,3% em relação à edição anterior da pesquisa. Em 2022, a quantidade de matrizes suínas chegou a 5,0 milhões de animais, 30,8 mil cabeças a mais que em 2021, sinalizando também um recorde.

Com a Peste Suína Africana na China, o crescimento do rebanho de matrizes e de suínos foi estimulado, e passamos a ter a China como principal destino das nossas exportações de carne. Além disso, as associações ligadas ao setor vêm trabalhando para reduzir os gargalos no consumo interno de carne suína, trazendo novos cortes e facilidades no preparo, e o consumo per capita nacional vem crescendo.

As três principais Unidades da Federação nesse efetivo são as que compõem a região Sul: Santa Catarina lidera com 22,1% do efetivo nacional, o que equivale a 9,9 milhões de cabeças, seguida por Paraná com 15,8% (7 milhões de cabeças) e Rio Grande do Sul com 13,9% (6 milhões de cabeças). Em quarto lugar em efetivo têm-se Minas Gerais (12,7% - 5,6 milhões) e Mato Grosso em quinto (6,6% - 2,9 milhões de cabeças).

Toledo, no Paraná, tem o maior efetivo municipal de suínos, com 909.879 cabeças, seguido por Uberlândia (Minas Gerais – 633.885 cabeças), Marechal Cândido Rondon (Paraná – 598.711 cabeças), Tapurah (Mato Grosso – 500.646) e Concórdia (Santa Catarina – 487.142) fechando a lista dos cinco principais municípios que, juntos, somam 3,1 milhões de animais.

Mato Grosso tem ainda outras quatro cidades no top 20 com os maiores efetivos de suínos: Nova Mutum é o décimo (310.000 cabeças), Vera vem na sequência em 11º (300.413), Sorriso fica em 14º lugar (264.122) e Diamantino em 18º (242.722).

A Pesquisa da Pecuária Municipal

A pesquisa fornece informações sobre os efetivos da pecuária existentes no município na data de referência do levantamento, bem como a produção de origem animal, e o valor da produção durante o ano de referência. Os efetivos incluem bovinos, suínos, matrizes de suínos, galináceos, galinhas, codornas, equinos, bubalinos, caprinos e ovinos. A produção de origem animal, por sua vez, contempla a produção de leite, ovos de galinha, ovos de codorna, mel, lã bruta e casulos do bicho-da-seda; as quantidades de vacas ordenhadas e ovinos tosquiados; e a aquicultura, que engloba as produções da piscicultura, carcinocultura e malacocultura. A periodicidade da pesquisa é anual. Sua abrangência geográfica é nacional, com resultados divulgados para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Mesorregiões, Microrregiões e Municípios.

(Com informações da assessoria)
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