Mato Grosso tem a segunda menor taxa de desocupação (desemprego) do Brasil, com 3%, atrás apenas de Rondônia, que tem 2,4%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa do estado caiu de 4,5% no 1º trimestre deste ano, para os 3%, no segundo trimestre. Os dados foram coletados durante a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta terça-feira (15).
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Estimada em 55 mil pessoas, a população desocupada de Mato Grosso diminuiu em 27 mil pessoas no segundo trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, uma variação de 33%. Na comparação com o trimestre anterior, foram 28 mil pessoas a menos, ou seja, uma queda de 33,9%. A população ocupada foi de 1.777 milhão de pessoas.
A pesquisa estimou em 2,7 milhões a população em idade de trabalhar em Mato Grosso, em 63,5% o nível da ocupação e em 724 mil pessoas o total de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada. O número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada foi estimado em 206 mil pessoas.
Os trabalhadores por conta própria diminuíram 7,8%, ou 36 mil, entre o primeiro e o segundo trimestre de 2023: de 458 mil para 422 mil. O total de pessoas fora da força de trabalho aumentou em 70 mil ou 7,8% entre o segundo trimestre de 2022 e o mesmo período deste ano, passando de 896 mil para 966 mil pessoas.
No Brasil, a taxa de desocupação no segundo trimestre de 2023 foi de 8,0%, queda de 0,8 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2023 (8,8%) e de 1,3 ponto percentual na comparação com o segundo trimestre de 2022 (9,3%).
Renda média
O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos no estado passou de R$ 3.142, de janeiro a março de 2023, para R$ 3.161, de abril a junho de 2023, sem variação estatisticamente significativa. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, porém, quando foi de R$ 2.941, houve uma alta de 7,5% ou R$ 221.
Por grupamentos de atividade do trabalho principal, o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi o único que aumentou o número de ocupados no segundo trimestre de 2023: 7,6% (ou 21 mil) na comparação com o primeiro trimestre deste ano e 13,3% (ou 35 mil) em relação ao segundo trimestre do ano passado. A indústria geral e a construção tiveram, respectivamente, perdas de 17,7% (ou 33 mil) e 15,2% (ou 28 mil) de abril a junho na comparação com o mesmo período do ano passado. Os outros setores tiveram estabilidade.
Taxa da Informalidade
A taxa de informalidade da população de 14 anos ou mais de idade no estado passou de 35,7% da população ocupada, de janeiro a março deste ano, para 35%, de abril a junho desde ano. No mesmo trimestre do ano passado, a taxa havia sido de 37,2%.
Subocupação
O contingente de desocupados ou subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (as pessoas com jornada de trabalho inferior a 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar mais horas e que estariam disponíveis) caiu de 113 mil, no primeiro trimestre de 2023, para 90 mil no segundo trimestre de 2023, uma diferença de 20,2%. No mesmo trimestre do ano anterior, havia sido de 125 mil, o que representa uma queda de 27,7%.
O número de desalentados de Mato Grosso – as pessoas que não procuraram emprego, mas gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência - ficou estável no segundo trimestre de 2023, com 23 mil pessoas, contra 25 mil no trimestre anterior e 22 mil no segundo trimestre de 2022.
(Com informações da assessoria)