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Sábado, 27 de abril de 2024

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POUCA CAPACIDADE

Produtor pode perder até R$ 10 em saca de milho por falta de armazéns, aponta diretor da Abramilho

Foto: Reprodução

Produtor pode perder até R$ 10 em saca de milho por falta de armazéns, aponta diretor da Abramilho
Com a expectativa da colheita de 46,41 milhões de toneladas do milho safrinha, aumentou a preocupação da falta de armazéns nas propriedades rurais de Mato Grosso. O diretor-executivo da Abramilho, Glauber Silveira, apontou que os produtores do milho em Mato Grosso podem perder até R$ 10 por saca durante as vendas.

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Durante o Fórum Mais Milho realizado na última semana, em Cuiabá, Glauber afirmou que somente 20% das propriedades rurais possuem armazéns para os grãos. 

Atualmente, os Estados Unidos aparecem como o principal competidor do Brasil na produção mundial de grãos e tem capacidade para armazenar mais de uma safra inteira, sendo que 66% dessa capacidade está dentro das fazendas. Além disso, o país oferece um programa de financiamento para armazenagem a juros de apenas 3,75% ao ano, enquanto no Brasil este número alcança até 8,5%.

"O principal problema nosso é a questão dessa armazenagem, principalmente porque a armazenagem já é deficitária, no caso não só no Mato Grosso, mas no Brasil inteiro. Enquanto que nos Estados Unidos 70% da armazenagem está dentro das propriedades, aqui no Mato Grosso é 15%, 20% só das propriedades, então isso realmente é muito pequeno. Então quando você pega em outros países, China, ou o próprio Estados Unidos, você tem lá a capacidade estática é total para o dissolver da produção, o nosso aqui é 40%. É muito baixo", apontou Glauber.

Com a dificuldade para armazenar os grãos, os produtores são 'forçados' a venderem o produto mais barato para grandes empresas para que não tenha prejuízo maior. Porém, os empresários acabam perdendo até R$ 10 por saca.

"Então realmente a gente tem muita preocupação e isso faz com que o preço caia. Então o produtor muitas vezes perde R$ 5, R$ 6 reais por saco, até R$ 10 reais muitas vezes por saco de milho ou por falta de armazém. Porque ele (produtor) se obriga a vender, e eles têm que entregar, por exemplo, para uma trade ao preço que tem. Então todo ano se mantém nesse déficit. A gente precisa diminuir isso aí. Então não dá só para investir para não aumentar o déficit, mas tem que investir para melhorar, para cada vez mais até se encerrar esse déficit", pontuou.

Glauber apontou ainda para a dificuldade do produtor para conseguir auxílio do Plano Safra. O anúncio do Plano Safra 2023/24 está previsto para ocorrer na última semana de junho e, de acordo com os painelistas, há uma percepção de que as diversas restrições presentes no plano são, na verdade, uma desculpa para acomodar o orçamento disponível que hoje é insuficiente para atender a agricultura brasileira de forma adequada.
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