Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) afirmou que o incêndio que atingiu a unidade do frigorífico da JBS, em Diamantino (181 km de Cuiabá), pode prejudicar a escala de abates bovinos em Mato Grosso. A unidade tinha capacidade para o abate de quatro mil animais por dia.
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A unidade de Diamantino foi atingida por um incêndio no dia 10 deste mês. O incêndio teria iniciado no setor de armazenamento de palets de madeira, caixotes e almoxarifado.
Por causa da quantidade de material combustível, o fogo se alastrou rapidamente pela estrutura. No setor também estava guardado tanques de amônia, que é um produto químico altamente inflamável e perigoso se for inalado.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os estragos causados pelo incêndio de grandes proporções que atingiu o setor. A Acrimat afirmou que a unidade era uma das mais modernas na América Latina e tinha capacidade de abate de mais de quatro mil bovinos por dia.
Com a unidade prejudicada, foi apontado que pode haver um prejuízo na escala de abate. No mês de maio, aumentou-se a disponibilidade de animais terminados no mercado e na linha de abate das indústrias, refletindo no alongamento da escala de abate em MT, que fechou com a média de 9,74 dias sendo assim o maior resultado da série histórica do Imea para o período.
"A unidade de Diamantino recebe animais não só de áreas próximas da indústria, mas de grandes centros produtores principalmente da capital e seu entorno e da região noroeste e norte do estado. Num momento em que as indústrias em todo o estado estão a pleno vapor, se utilizando praticamente 100% da capacidade, a suspensão da operação nessa unidade certamente prejudicará ainda mais as escalas de abate em todo o estado", disse a Acrimat.
A expectativa é de que as unidades que se encontram paralisadas como as de Juína, Juara e Vila Rica sejam colocadas em funcionamento.