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Segunda-feira, 14 de outubro de 2024

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Resultados positivos

UFMT realiza pesquisas para avaliar desempenho nutricional e produtivos dos bovinos da raça Nelore

Foto: Willian Gomes

UFMT realiza pesquisas para avaliar desempenho nutricional e produtivos dos bovinos da raça Nelore
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Câmpus de Sinop, está realizando pesquisas junto a instituições do setor que avaliam o desempenho nutricional e produtivo de animais da raça nelore no Estado. Resultados preliminares apontam um cenário positivo ao setor.


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Mato Grosso lidera o abate de bovinos, com 15,8% da participação nacional. No Brasil, o abate de bovinos aumentou 11,9% no 3º trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021, de acordo com os dados da Estatística da Produção Pecuária, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A melhoria desse quadro conta com o fomento de novos conhecimentos através da pesquisa científica, o Núcleo de Estudos em Pecuária Intensiva (Nepi).

Os resultados preliminares da pesquisa da UFMT mostram taxa de ganho de peso, cerca de 1,2 quilos por dia, e que poderão auxiliar o pecuarista na tomada de decisão quanto ao custo-benefício.

A coordenadora do Nepi e professora, Kamila Andreatta, afirma que o trabalho teve início em setembro do ano passado na Fazenda Experimental da Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (ACNMT). Ainda de acordo com ela, a pesquisa foi conduzida pela discente de doutorado, Jarliane do Nascimento Sousa, sob supervisão de Kamila e do pesquisador e membro da coordenação do Nepi, Eduardo Henrique Bevitori Kling de Moraes

O estudo de campo contou com 176 bovinos da raça Nelore, com o “resgate” de bezerros, na transição entre a estiagem e o período de chuva, quando foram confinados para apresentarem duas taxas de ganho de peso, 0,75 e 1,20 kg/dia.

“Os animais foram para área de pastagem e subdivididos em quatro grupos que receberam suplemento mineral aditivado ou suplemento proteico-energético. Na última fase todos os animais foram para o sistema de terminação intensiva a pasto (T.I.P.) receberam mesma quantidade de suplementos até o final quando foram abatidos para avaliação de carcaça e coleta de amostras de carne”, relata a coordenadora do Nepi.
Resultados preliminares apontam cenário positivo

 Kamila analisa os dados de desempenho como positivos e acredita que servirão para determinar o consumo de cada animal, a digestibilidade das dietas, dentre outras informações relacionadas à parte nutricional. Por exemplo, os animais que tiveram ganho de peso de 1,20 kg/dia durante a fase de “resgate” e receberam suplemento proteico-energético de 0,5% do peso corporal na fase pós-resgate ganharam em média 0,92 kg/dia que propiciou a estes animais maior peso de carcaça médio, 323 kg, ao final do experimento” conclui a professora.

Ela conta que não houve excesso de deposição de gordura corporal durante a recria, apresentando baixo peso de carcaça. Fato, que para Andreatta, demonstra importância da genética dos animais.

A coordenadora explica que fizeram outra avalição, a qual revela que os animais que ganharam mais peso têm tendência de ter uma carne melhor e teor de maciez perceptível para qualquer classe econômica.

A próxima etapa compreenderá de análises das amostras coletadas que serão realizadas no Laboratório do Núcleo de Estudos em Pecuária Intensiva (LabNEPI) do Câmpus de Sinop. A pesquisa contou também com apoio da FS Bioenergia e do Instituto Mato Grossense da Carne (IMAC).
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